“Eu uso termotebe e o meu pai também” no TAGV

Notícias de Coimbra | 6 anos atrás em 03-03-2018

 “Eu uso termotebe e o meu pai também”. Este foi um slogan publicitário dos anos 80 criado por uma Fábrica, de nome “Tebe”, situada na cidade de Barcelos. Agora, é título de uma peça encenada por Ricardo Correia, que ganha destaque na 20.ª Semana Cultural da Universidade de Coimbra (UC), dias 8 e 9 de março, às 21:30, no Teatro Académico de Gil Vicente (TAGV).

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TERMOTEBE

Ao partir de testemunhos reais, a nível nacional, a peça une o formato de bibliografia ao documentário. Em “Eu uso termotebe e o meu pai também”, o mesmo dá foco a realidades que lhe são próximas. Natural da cidade de Barcelos, conta que toda a família, desde várias gerações, trabalhou na indústria, no setor operário. Em palco, pretende pegar nestas “memórias do trabalho” e transmiti-las ao público, de modo a reforçar o retrato de uma época. Contudo, os atores em palco são os detentores da tarefa principal. Segundo o encenador, o desafio foi que apropriassem estes relatos, para que, em palco, sejam capazes de contar estas narrativas de vida”.

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O foco não estará só nas máquinas, mas também nos sonhos de cada trabalhador. Ricardo Correia destaca que assistir à peça é a única forma de se perceber a sua construção, e, acima de tudo, conhecer “o espaço onde estas pessoas trabalham”. Ao partir de uma pesquisa sobre os processos de transmissão da memória relativa ao trabalho em Portugal, reflete a condição de operário e a sua emancipação, bem como as mutações da sua identidade ao longo de várias gerações, desde os remotos operários fabris até aos novos operários do século XXI.

Ricardo Correia refere que o título da peça faz referência a um anúncio publicitário. “Havia uma fábrica que se chamava “Terb” onde trabalhou a minha avó e a minha mãe. A mesma ficou muito conhecida porque foi comprada por um grupo francês que nos anos 80 começou a fazer uma publicidade: “Eu uso termotebe e o meu pai também”, uma expressão que a malta da minha geração conhece, mas que o pessoal mais novo não conhece. É um lado nostálgico de quando as coisas corriam bem, quando toda a gente trabalhava… É um marco de uma época”.

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“Eu uso o termotebe e o meu pai também” com texto e encenação de Ricardo Correia e dramaturgia de Jorge Louraço Figueira, é uma coprodução do Teatro Nacional D. Maria II (Lisboa), Teatro Académico de Gil Vicente (Coimbra), Teatro Aveirense (Aveiro), Centro Cultural Vila Flor (Guimarães) – espaços de apresentação da peça – e conta com a interpretação de Beatriz Wellenkamp, Celso Pedro, Hugo Inácio, Joana Pupo e Sara Jobard.

Os bilhetes custam entre os 7 e 5 euros (com descontos) e a lotação é limitada.

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