Educação

Universidade da Beira Interior valoriza setor das plantas aromáticas e medicinais

Notícias de Coimbra com Lusa | 1 ano atrás em 22-11-2022

A Universidade da Beira Interior, na Covilhã, distrito de Castelo Branco, está a liderar um projeto que ambiciona desenvolver e valorizar o setor das plantas aromáticas e medicinais e cujo investimento global é de 950 mil euros.

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Com a denominação “PAM4WELLNESS”, o projeto é desenvolvido em parceria com o Instituto Politécnico de Castelo Branco, já conta com financiamento no âmbito do programa Compete 2020 e decorrerá até junho de 2023.

Apostará na caracterização e valorização do conhecimento técnico-científico” da fileira das plantas aromáticas e medicinais, bem como no desenvolvimento de ferramentas tecnológicas que valorizem os sistemas de produção, explicou à agência Lusa a responsável pelo projeto, Ana Palmeira de Oliveira.

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“Este projeto não visa tanto conhecer as características das plantas que existem, porque parte desse conhecimento já está produzido, mas sim verificar se as plantas que estão atualmente a ser produzidas são aquelas que a indústria cosmética e farmacêutica procura, de modo que os produtores possam adequar a sua oferta às reais necessidades e assim integrarem as redes de fornecimento destes setores”, apontou.

Lembrando que a fileira das plantas aromáticas e medicinais “apresenta um enorme potencial de crescimento a nível mundial, capaz de alavancar uma estratégia de desenvolvimento nacional”, Ana Palmeira de Oliveira salientou que este projeto permitirá transferir o conhecimento para os produtores, valorizando o mercado interno e capacitando-o para a exportação.

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Deverá ainda contribuir para “familiarizar os atores da indústria cosmética e farmacêutica para a oferta de produção nacional de excelente qualidade”.

“Trabalharemos as cadeias curtas e de baixa pegada de carbono”, referiu a investigadora, ressalvando ainda que uma das componentes também inclui o desenvolvimento de modelos de negócio”.

Esta responsável sublinhou que o facto de o circuito internacional de matérias-primas ser deficitário constitui uma “janela de oportunidade” para a oferta nacional, que já apresenta capacidade de resposta pela diversidade e qualidade de produtos”, nomeadamente ao nível da produção de extratos de plantas.

O projeto será implementado em territórios de baixa densidade das regiões Norte, Centro e Alentejo, e contará com a realização de estudos, pesquisas e diagnósticos com vista à valorização económica dos resultados, ao desenvolvimento tecnológico de sistemas de produção e aos modelos de organização e distribuição, bem como às práticas de sustentabilidade e economia circular.

Estão igualmente previstas ações de sensibilização, informação e demonstração em contacto direto com os produtores.

O projeto também incorpora uma forte componente tecnológica, com o desenvolvimento de ferramentas e plataformas específicas, nomeadamente a criação de uma plataforma ‘online’ de gestão de dados (controlo e gestão do sistema de rega localizada) e de uma ferramenta informática de rastreabilidade das plantas aromáticas e medicinais, através da tecnologia ‘blockchain’.

O desenvolvimento de uma ferramenta computacional de simulação da pegada ambiental no setor, a criação de uma plataforma colaborativa em suporte ‘cloud computing’ e a criação de um painel de bordo com indicações de monitorização, são outras das ações previstas.

Este projeto também prevê ações de informação e interação com produtores agrícolas e florestais, sendo que a primeira está agendada para os dias 28 e 29, em Moura, no distrito de Beja.

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