Incêndios: Unidades móveis de apoio vão permanecer no terreno mais um mês e meio

Notícias de Coimbra | 6 anos atrás em 15-01-2018

O Governo decidiu prolongar por mais um mês e meio a presença de cinco unidades móveis em 13 concelhos de três distritos da região Centro afetados pelos incêndios de 15 outubro, para garantir o apoio a todos que necessitem.

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arganil fogo

“Continuará a haver [a partir de hoje] em 13 concelhos de três distritos um acompanhamento durante as próximas semanas por parte dos Espaços Cidadão Móvel, que contam com a presença de técnicos da Segurança Social, da Agricultura e da Justiça”, avançou à agência Lusa a secretária de Estado da Segurança Social, Cláudia Joaquim.

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Desde 16 de novembro, nove carrinhas percorreram 604 lugares ou aldeias de 18 concelhos e foram efetuados mais de 2.100 atendimentos individuais.

Cláudia Joaquim explicou que estas nove unidades móveis foram lançadas a 16 de novembro “numa perspetiva de dois meses” e que a sua continuação seria avaliada no final desse período.

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“Da avaliação resulta uma necessidade de continuarmos durante pelo menos mais um mês e meio”, havendo depois “uma nova avaliação e uma reavaliação dos concelhos a abranger.

As cinco carrinhas irão percorrer 13 concelhos dos distritos de Coimbra, Guarda e Viseu, indo de porta a porta para sinalizar as necessidades sociais ou médicas das famílias e esclarecer a população, como tem sido feito nos últimos dois meses.

“A primeira preocupação é termos uma atitude pró-ativa e dirigirmo-nos a estas populações que possam estar a necessitar ou já necessitaram de apoio e sinalizar” as situações que “careçam de acompanhamento, que muitas vezes será longo”, explicou a governante.

O objetivo é dar prioridade a estas famílias na atribuição de apoios, que podem ser prestações sociais da Segurança Social que já existem ou os subsídios eventuais e as medidas extraordinárias que foram criados no âmbito destes incêndios.

As cinco unidades móveis são dotadas de sistemas informáticos que permitem dar início a processos relativos aos serviços disponibilizados por várias áreas de governação, como a Justiça, Segurança Social, Agricultura e Saúde.

Além de esclarecerem as famílias sobre as prestações ou apoios sociais a que têm direito, os técnicos dão informação sobre as ajudas disponíveis às empresas afetadas e agricultores, entre outros assuntos.

As nove carrinhas estiveram em 18 concelhos dos distritos de Aveiro, Coimbra, Guarda, Leiria e Viseu, com cerca de 40 técnicos do Instituto da Segurança Social, do Instituto de Registos e Notariado e das Direções Regionais de Agricultura e Pescas do Centro e Norte.

As centenas de incêndios que deflagraram no dia 15 de outubro, o pior dia de fogos do ano segundo as autoridades, provocaram 45 mortos e cerca de 70 feridos, perto de uma dezena dos quais graves.

Os fogos obrigaram a evacuar localidades, a realojar as populações e a cortar o trânsito em dezenas de estradas, sobretudo nas regiões Norte e Centro.

Esta foi a segunda situação mais grave de incêndios com mortos em Portugal, depois de Pedrógão Grande, em junho de 2017, em que um fogo alastrou a outros municípios e provocou 64 mortos e mais de 250 feridos.

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