A Unidade de Saúde Familiar Trilhos do Dueça de Miranda do Corvo, no distrito de Coimbra, vai encerrar diariamente, a partir de hoje, às 17:45, anunciou hoje aquela estrutura de saúde.
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Na porta principal do edifício foi afixada uma informação que justifica a redução do horário das 20:00 para as 17:45 com a existência “de constrangimentos e falta de recursos humanos”.
“É uma situação que vem agravar o acesso aos cuidados de saúde da população, prejudicando as pessoas que trabalham e que acediam a consultas e tratamentos depois das 18:00 e que agora ficam privados da acessibilidade a esses cuidados”, disse à agência Lusa José Taborda, representante do município no Conselho da Comunidade do Agrupamento de Centros de Saúde do Pinhal Interior Norte (ACES PIN).
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Esta já é a segunda redução de horário de funcionamento daquela unidade, após a reforma dos cuidados de saúde primários. Na altura, o horário de fecho era às 22:00, tendo mais tarde passado para as 20:00.
Atualmente, a Unidade de Saúde Familiar de Miranda do Corvo está a funcionar com metade dos seis médicos do corpo clínico, depois de uma médica ter sido agredida no dia 23 de novembro durante uma consulta.
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A unidade já funcionava desde o verão com menos duas médicas, após uma das clínicas se ter transferido para a Lousã e outra ter entrado em licença de maternidade, o que se agravou no final de novembro com a agressão a umas profissionais.
Neste momento, o número de utentes sem médico de família na Unidade de Saúde Familiar Trilhos subiu para 4.800, num universo de 9.460.
O serviço de enfermagem também passa por dificuldades, com a falta de duas enfermeiras, uma de atestado médico de longa duração e outra por licença de maternidade, que agravam os acessos a cuidados de saúde programados e preventivos da população do concelho.
Devido à falta de recursos humanos, a Assembleia Municipal de Miranda do Corvo aprovou, na reunião de 30 de novembro, por unanimidade, uma moção a exigir a colocação de mais médicos e enfermeiros na Unidade de Saúde Familiar Trilhos do Dueça.
“Esta situação [de falta de meios] tem gerado nos utentes um clima de revolta e descontentamento, refletindo-se no desempenho dos profissionais, descredibilizando o Serviço Nacional de Saúde (SNS)”, lê-se no documento, que foi apresentado por José Taborda.
A moção recomenda ao executivo liderado por Miguel Baptista que, “de forma imediata e urgente, interceda junto da tutela, Administração Regional de Saúde do Centro e ACES PIN”.
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