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Unicef quer tratar desnutrição de 10 mil crianças no sul de Angola

Notícias de Coimbra com Lusa | 2 anos atrás em 30-11-2021

A Unicef quer garantir o tratamento imediato da desnutrição severa de 10 mil crianças no sul de Angola, região que enfrenta atualmente uma das piores secas dos últimos 40 anos, anunciou hoje a organização.

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Em comunicado, o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) adianta estar a trabalhar com os governos de províncias do sul de Angola num projeto financiado pela Direção de Proteção Civil e Ajuda Humanitária da União Europeia (ECHO) que visa “fornecer serviços nutricionais essenciais de qualidade para crianças menores de cinco anos de idade”.

A agência da ONU lembra que o sul de Angola enfrenta atualmente uma das piores secas dos últimos 40 anos, que provocou uma redução da produção agrícola e pecuária, originando o aumento da insegurança alimentar e um número cada vez maior de crianças a sofrer de desnutrição.

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O programa da Unicef inclui a avaliação da situação nutricional de crianças menores de cinco anos nas províncias de Benguela, Cunene, Huambo e Huíla, cujos resultados preliminares estão atualmente a ser finalizados, sob a liderança do Ministério da Saúde.

O programa de resposta à desnutrição inclui ainda a formação dos profissionais de saúde sobre o protocolo nacional para gestão da desnutrição aguda, para que as equipas designadas para atividades de nutrição sejam totalmente formadas em práticas de salvamento de crianças.

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“Algumas mães e cuidadores de crianças também estão a aprender a medir a circunferência do braço das crianças, como uma técnica que pode ajudar a diagnosticar atempadamente os casos de desnutrição”, acrescenta-se no comunicado, explicando-se que o diagnóstico imediato de desnutrição ajuda a garantir que as crianças recebam tratamento adequado em tempo útil.

Entre janeiro e setembro de 2021, o apoio da Unicef já permitiu a mais de 215.000 crianças serem rastreadas nas suas comunidades e a mais de 35.000 crianças com desnutrição severa serem encaminhadas para serviços de atendimento em várias províncias do sul de Angola.

O Presidente angolano, João Lourenço, criou em setembro uma ‘task force’ para combater e fome a seca no sul do país e o Governo está a desenvolver várias ações, como a construção de projetos estruturantes e a distribuição de água e alimentos às populações.

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