Coimbra

Troço de montanha favorece MetroBus de Coimbra à Lousã? Infraestruturas de Portugal diz que sim!

Notícias de Coimbra | 5 anos atrás em 14-05-2019

O presidente da Infraestruturas de Portugal (IP), António Laranjo, disse hoje que o troço de montanha do futuro “metro bus” favorece a opção por este sistema de transportes entre Coimbra e Lousã.

PUBLICIDADE

A antiga via ferroviária, entre as estações de Coimbra B e Serpins, quase no limite dos concelhos da Lousã e Góis, “é o melhor traçado que alguma vez poderia existir” para a circulação de autocarros elétricos em canal dedicado e com guiamento automático, segundo António Laranjo.

PUBLICIDADE

publicidade

Esse traçado em zona montanhosa, conhecido por Ramal da Lousã, “é o mais fácil e o mais favorável para um sistema rodoviário” como o “metro bus”, afirmou, em resposta a questões colocadas pela especialista em mobilidade urbana Ana Bastos, professora da Universidade de Coimbra, durante um debate organizado pela Ordem dos Engenheiros.

Dos mais de 40 quilómetros de extensão do percurso do Sistema de Mobilidade do Mondego (SMM), cerca de 30 foram desenhados, ainda no século XIX, para acolher o comboio que serviu a região entre 1906 e 2010, atravessando uma área de orografia acidentada, o que obrigou à construção de 13 pontes e sete túneis.

PUBLICIDADE

Os restantes 12 quilómetros do SMS terão implantação em espaço urbano, incluindo o novo troço para ligar a Baixa aos Hospitais da Universidade de Coimbra.

Por outro lado, o estudo de uma eventual ligação complementar de natureza mecânica entre a paragem do SMM na Praça da República e o Polo I da Universidade, na Alta, através das Escadas Monumentais, “faz parte de várias recomendações”, revelou o presidente da IP.

Esta foi outra das questões apresentadas por Ana Bastos, que é também vereadora do movimento Somos Coimbra no executivo municipal, a que preside Manuel Machado, do PS, que interveio no encerramento da sessão, no auditório da sede regional do Centro da Ordem dos Engenheiros.

“Partilho da sua preocupação”, admitiu António Laranjo, alegando não poder adiantar uma solução para o problema.

Na sua opinião, o SMS, que deverá entrar em funcionamento em 2021, “é um sistema quase único nas suas particularidades”, que incluem uma solução de guiamento automático dos autocarros elétricos desenvolvido pelo Laboratório Nacional de Engenharia Civil (LNEC).

António Laranjo indicou que o tempo de viagem em “metro bus” entre Serpins e Coimbra Parque, junto ao Parque Verde do Mondego, será de 62 minutos, enquanto o metro ligeiro (sistema sobre carris previsto nos últimos 25 anos e que foi abandonado e substituído pelos autocarros elétricos) realizaria o mesmo percurso em 60 minutos.

“A pontualidade do sistema leva também à sua fiabilidade”, acrescentou.

A fiabilidade “é condição indispensável para que as populações possam ficar satisfeitas”, frisou o presidente da Infraestruturas de Portugal.

Além de Ana Bastos, João Fernandes Marrana foi outro dos especialistas convidados para comentar as intervenções da mesa.

Usaram ainda da palavra, entre diversos oradores, o presidente da Metro Mondego, João Rebelo, e os dirigentes regionais da Ordem dos Engenheiros Silva Afonso e José Vale, bem como Tiago Cardoso, coordenador da equipa de projeto da Autoridade Municipal de Transportes de Coimbra.

José Valle informou que a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro (CCDRC) e a Comunidade Intermunicipal (CIM) da Região de Coimbra “manifestaram indisponibilidade” para participar no debate.

Related Images:

PUBLICIDADE

publicidade

PUBLICIDADE