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Trabalhadores em outsourcing dos call centers em greve

Notícias de Coimbra | 5 anos atrás em 14-12-2018

 Os trabalhadores das telecomunicações em outsourcing afetos às empresas de trabalho temporário Manpower e RHmais convocaram greves para os dias 24 de dezembro, véspera de Natal, e 31 de dezembro.

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Em comunicado, o Sindicato Nacional dos Trabalhadores das Telecomunicações e Audiovisual – SINTTAV deu conta do “descontentamento” destes trabalhadores das empresas temporárias, que prestam serviços nas operadoras Vodafone, NOS e Altice.

“O sistema na relação laboral é fotocópia-tipo: os trabalhadores estão a ser sujeitos a constantes alterações de horários que criam dificuldades à conciliação da vida profissional com a vida pessoal e familiar (enquanto a Comissão Europeia aprova legislação no sentido de se conciliar a vida familiar com a profissional, estas empresas pretendem funcionar ao arrepio da realidade)”, referiu o sindicato.

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O sindicato acusa ainda as empresas de “castigos” por “discordar ou reclamar um direito” e de fazer “contratos a termo com uma rotatividade intensa devido à curta duração”, de aplicar “remuneração mensal em regra fixada no mínimo salarial, incompatível com o nível de responsabilidades ligadas a funções altamente qualificadas” e de não conceder “progressão na carreira”.

Na mesma nota, o SINTTAV acusou as empresas de “rigidez na supervisão”, com “pausas contabilizadas ao segundo” e “desgaste para alcançar prémios mensais, mas os valores são subtraídos sem justificação ou critério”.

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“Despedimentos automáticos, instabilidade constante e assédio moral” são outras das acusações do sindicato.

A estrutura sindical revelou ainda que, depois de um questionário feito aos trabalhadores, “elaborou um caderno reivindicativo que, discutido e aprovado num encontro nacional de jovens, realizado em Coimbra, endereçou a todas as empresas ETT/Outsourcing [Empresas de Trabalho Temporário], incluindo RHmais e Manpowergroup, com o objetivo de promover um diálogo sério e construtivo na criação de um instrumento que nivelasse regras laborais transversais a todas as empresas”.

Segundo o sindicato, “o silêncio das empresas até ao momento” mostra “uma total indisponibilidade” em contribuírem para este instrumento.

O SINTTAV salientou ainda que “quando a economia está a crescer, as empresas estão a ter mais negócios e a ter mais lucros, é completamente incompreensível que a RHmais e a Manpowergroup continuem a argumentar não terem condições económicas para alterar os valores salariais”.

De acordo com a estrutura sindical, as empresas argumentam que “os trabalhadores nos últimos anos estão a ser beneficiados com os aumentos sucessivos do SMN – Salário Mínimo Nacional”.

Contactadas pela Lusa, a Manpower e a RHmais não quiseram fazer comentários.

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