Assinaturas NDC

Apoie a nossa missão. Assine o Notícias de Coimbra

Mais tarde

Torres sineiras da Alta e Baixa de Coimbra dialogam entre si

Notícias de Coimbra | 6 anos atrás em 24-11-2017

Três torres sineiras da Alta e Baixa de Coimbra tocam todos os dias, às 18:00, numa escultura sonora de João Onofre em que carrilhões antigos, alguns com mais de cinco séculos, dialogam entre si.

PUBLICIDADE

coimbra

Até 30 de dezembro, as pessoas que passam pela Alta deixam de ouvir a “Cabra” (a torre da Universidade de Coimbra) a dar as horas às 18:00, altura em que os carrilhões da universidade participam, juntamente com os da Sé Nova e da Igreja de São Bartolomeu, numa escultura sonora de João Onofre que se estende ao longo de 14 minutos e 30 segundos.

PUBLICIDADE

publicidade

A obra, criada no âmbito da bienal de arte contemporânea de Coimbra anozero, surgiu da vontade de o artista “criar uma grande escultura sonora, uma grande obra de arte contemporânea em espaço público utilizando os sinos”, explicou à agência Lusa João Onofre.

As torres sineiras desenham “um triângulo na cidade velha”, permitindo que “quem esteja a passear” por esta zona “tenha várias perceções sonoras da peça”, tocada por cinco intérpretes todos os dias, contou.

PUBLICIDADE

A obra, intitulada “Unttitled (bells tuned D.E.A.D.)”, consiste em tocar as notas ré, mi e lá nos carrilhões das torres, sendo que D.E.A.D (morto em inglês) remete para a escala anglo-saxónica, em que D é ré, E é mi e A é lá.

Inspirada por uma peça do artista norte-americano Bruce Nauman, a obra começa com “um chamamento de São Bartolomeu”, ao que “a Sé Nova responde, passados 30 segundos”, iniciando-se “um diálogo” entre a Alta e a Baixa da cidade, em toques muito prolongados, contrastando com o habitual “toque mais pífio” da “Cabra”, que dá as horas diariamente na Alta, referiu João Onofre.

Segundo o artista, esse diálogo atinge o “clímax nos últimos quatro minutos, pela própria forma de percutir os sinos, que ganham umas dinâmicas especiais”, “num crescendo muito grande das igrejas” da Sé Nova e São Bartolomeu, acabando “com uma coisa mais rápida e urgente que para com um corte abrupto”.

“Queria espacializar a composição – essa ideia de criar algo que nos afetasse, que nos rodeasse e que sentíssemos essa envolvência na cidade de Coimbra”, sublinhou João Onofre.

A peça pode ser ouvida todos os dias pelo centro histórico até 30 de dezembro, às 18:00.

Related Images:

PUBLICIDADE

PUBLICIDADE

WP Twitter Auto Publish Powered By : XYZScripts.com