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Teodora Cardoso na FEUC: É urgente resolver falta de informação microeconómica

Notícias de Coimbra | 6 anos atrás em 14-03-2018

A presidente do Conselho de Finanças Públicas (CFP), Teodora Cardoso, alertou hoje, em Coimbra, para a falta de informação microeconómica, apelando a uma resolução “urgente” dessa falha.

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teodora cardoso

A informação microeconómica e setorial em Portugal “é muito fraca”, notou hoje Teodora Cardoso, referindo que, apesar de os bancos procurarem ser mais cuidadosos na avaliação do crédito às empresas, acabam por ter pouca informação acessível.

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“Estamos muito concentrados na macroeconomia e quanto é que cresce o PIB [Produto Interno Bruto]”, criticou a presidente do CFP, que falava numa conferência do ciclo “Economia Hoje, Futuro Amanhã”, que decorreu no auditório da Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra (FEUC), com a participação de algumas dezenas de alunos.

Para Teodora Cardoso, Portugal continua a “estar muito longe do necessário”, em termos de qualidade de informação.

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“Como é que a microeconomia funciona? Temos muito pouca informação a esse respeito e precisamos de melhorar isso. Portugal deve ser o único país desenvolvido sem um instituto de investigação económica. Não tem instituto nem dados para o instituto trabalhar. É uma falha que precisa urgentemente de ser resolvida”, afirmou.

Segundo Teodora Cardoso, está-se sempre “a olhar para o PIB, que cada vez quer dizer menos” e cada vez menos “capta coisas muito importantes da qualidade de vida e do rendimento que se gera numa economia”.

Numa conferência onde centrou o discurso no percurso de Portugal antes, durante e depois da crise económica, a presidente do CFP apontou também para problemas como a demografia e o reflexo que o envelhecimento da população vai ter na economia, assim como na “má legislação” que há em Portugal.”A legislação é má, para não dizer que é péssima”, sublinhou.

Segundo Teodora Cardoso, “há coisas que se substituem, outras que se acumulam e depois ficam buracos no meio disto tudo que são explorados e que não facilitam a vida de quem queira investir cumprindo a lei e fazendo as coisas como deve ser”.

Os tribunais, acrescentou, também “não ajudam, porque demoram imenso tempo a resolver coisas” que precisavam de outra celeridade.

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