Técnicos superiores de diagnóstico manifestam-se em Coimbra

Notícias de Coimbra | 6 anos atrás em 09-11-2017

Técnicos de diagnóstico e terapêutica, que cumprem hoje o oitavo dia de uma greve por tempo indeterminado pela “dignidade e a igualdade” da sua profissão, manifestaram-se junto dos Hospitais da Universidade de Coimbra (HUC).

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diagnostico

Os manifestantes, que a organização estima em mais de 200, exigem a reposição do acordo que determina a afetação de 30% de lugares de topo de carreira para os profissionais de diagnóstico e terapêutica, mas cuja portaria, publicada no final de agosto deste ano, reduziu essa parcela para 15 por cento.

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Além de protestarem contra o Governo por, afirmam, ter violado, com aquela portaria, aquilo que anteriormente tinham acordado, os técnicos superiores de saúde das áreas de diagnóstico e terapêutica também exigem horários de trabalho de 35 horas semanais para todos.

Há entre estes profissionais quem cumpra 40 horas de trabalho, não só por exercer a sua atividade em estabelecimentos de saúde privados, mas também no seio do próprio Serviço Nacional de Saúde (SNS) e até do mesmo estabelecimento (desempenhando as mesmas funções), por ter um contrato de trabalho individual, disse à agência Lusa o dirigente sindical e um dos manifestantes, hoje em Coimbra, Rodolfo Ferreira.

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O Governo também se comprometeu a negociar até final de setembro questões essenciais relacionadas com a nova carreira profissional destes técnicos, como as transições na carreira e as tabelas salariais, mas isso ainda não aconteceu, sublinhou o dirigente do Sindicato dos Técnicos Superiores de Saúde das Áreas de Diagnóstico e Terapêutica (STSS).

Os técnicos superiores de diagnóstico e terapêutica são os únicos licenciados que, no SNS, não são remunerados de acordo com a sua categoria profissional e habilitações académicas, salienta.

A greve, iniciada em 02 de novembro, só terminará quando o Governo “cumprir a lei”, assegura o STSS, que, com o mesmo propósito convocou para as 10:30 de hoje, idênticas manifestações junto aos hospitais São João, no Porto, e Santa Maria, em Lisboa (além dos HUC, estabelecimento que integra o Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra).

Num manifesto, entretanto remetido ao Ministério da Saúde, estes profissionais asseguram que estão “mais fortes e determinados do que nunca”, que o SNS se encontra “prisioneiro dos interesses privados, que representam cerca de 80% dos custos do SNS em diagnóstico e terapêutica”, e que “é chegada a hora de o Governo e o Ministério da Saúde cumprirem os princípios do Estado de direito democrático, honrando os compromissos e a lei”.

“Temos direito a uma carreira justa e atualizada”, afirmam os técnicos superiores de diagnóstico, sustentando que não exigem “nada que não tenha sido reconhecido a outros profissionais de saúde”.

Estimando que a adesão à paralisação é da ordem dos 90% na generalidade do país, Rodolfo Ferreira refere que “estão, naturalmente, a ser cumpridos os serviços mínimos”, nos termos determinados pelo tribunal arbitral, constituído para o efeito, mas que são “muito mais alargados” do que aqueles que, normalmente, são exigidos aos restantes profissionais de saúde quando estão em greve.

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