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Coimbra

Técnicos de diagnóstico e terapêutica manifestaram-se em Coimbra pela aprovação de uma carreira digna

Notícias de Coimbra | 5 anos atrás em 12-12-2018

 

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 Várias dezenas de técnicos superiores de diagnóstico e terapêutica do Serviço Nacional de Saúde (SNS) manifestaram-se hoje, em Coimbra, pela aprovação de uma carreira idêntica a outras da administração pública de corpos especiais.

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“Carregamos uma cruz há 19 anos para que nos seja reconhecida uma carreira, pois somos a única classe licenciada que não é reconhecida”, lamentaram à agência Lusa João Gaspar, Liliana Conceição, Paula Faria e Diana Sousa, técnicos de radioterapia do Instituto Português de Oncologia de Coimbra.

Carregando uma cruz com a inscrição “SNS de luto”, os manifestantes lamentam que um técnico licenciado ao fim de 19 anos de trabalho aufira 800 euros de salário líquido, “estando a trabalhar com doentes oncológicos e radiações”.

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Outro técnico, empunhando um boneco com a imagem do primeiro-ministro, salientou à agência Lusa que António Costa tem de “cumprir a palavra que deu”, quando assinou a carreira destes técnicos em agosto de 2017.

“Ficou tudo no papel e a proposta de regulamentação que querem aplicar está em desacordo com a carreira aprovada”, disse o manifestante, que preferiu manter o anonimato por exercer funções de chefia.

Entre as várias dezenas de manifestantes que se concentraram cerca das 18:00 junto à entrada do polo principal do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra encontrava-se também a imagem de um caixão com António Costa, que simbolizou “o enterro de uma carreira aprovada” pelo primeiro-ministro.

Com velas acesas e uma faixa na qual exigiam “transições e tabela salarial dignas e igualdade e equidade com outras carreiras”, os técnicos de diagnóstico e terapêutica efetuaram uma caminhada pelas principais ruas da cidade, que terminou no Largo da Portagem, em plena Baixa de Coimbra.

A paralisação iniciada no dia 05 vai decorrer durante todo o mês de dezembro, em dias intercalados, em defesa da conclusão do processo negocial de revisão e regulamentação das carreiras dos Técnicos Superiores de Diagnóstico e Terapêutica (TSDT).

Os profissionais exigem que o Governo aceite as propostas de tabela salarial dos sindicatos, que concorde com as regras de transição propostas pelos sindicatos, que inclua a colocação dos trabalhadores nas três novas categorias da carreira revista e o “correto descongelamento das progressões” dos profissionais, independentemente do vínculo laboral.

Em declarações à agência Lusa, o presidente do Sindicato Nacional dos Técnicos Superiores de Saúde das Áreas de Diagnóstico e Terapêutica disse que o Governo continua a “apresentar propostas muito longe das reivindicações”.

“O Governo apresentou [na segunda-feira] uma pequena melhoria, mas continua a não existir igualdade comparativamente com outras carreiras da administração pública de corpos especiais”, salientou Luís Dupont.

Por outro lado, acrescentou, não existe nenhuma evolução na questão das transições para a carreira, que aplicar-se como está proposta levaria a que “97% dos técnicos ficasse na base”.

Os TSDT são constituídos por 19 profissões e abrangem áreas como as análises clínicas, a radiologia, a fisioterapia, a farmácia, a cardiopneumologia, entre outras, num total de cerca de 10 mil profissionais em exercício nos serviços públicos de saúde.

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