O diretor-adjunto do Teatro Académico Gil Vicente (TAGV) afirmou hoje que a entidade pretende, no futuro, internacionalizar a Mostra de Teatro Universitário, que se realiza em Coimbra, este ano, entre segunda-feira e 13 de junho.
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Mickael de Oliveira, diretor-adjunto do TAGV, disse à agência Lusa que a organização da mostra pretende alargá-la “a países lusófonos” já no próximo ano, sendo que numa primeira fase deverão ser convidadas algumas companhias do Brasil, com convites posteriores a outros países.
“Tentamos construir a mostra aos poucos e de forma segura”, sublinhou Mickael de Oliveira, manifestando a vontade de que “a mostra ganhe ainda maior relevo” para que, “daqui a cinco anos, possa ter a dimensão do FATAL [Festival Anual de Teatro Académico de Lisboa]”, sem que com isso assuma “um espírito de concorrência” com esse evento.
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Apesar da vontade de se internacionalizar, a mostra não pretende ser “internacional, no seu sentido forte”, continuando a dar espaço ao teatro universitário que se faz em Portugal, explanou.
Este ano, a iniciativa, que vai na sua terceira edição, conta com sete companhias, sendo quatro de Coimbra, uma de Lisboa, outra do Minho e uma proveniente de Granada, em Espanha.
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Os espetáculos serão realizados em diferentes espaços da cidade, tais como o Teatro Paulo Quintela, na Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, o Teatro da Cerca de São Bernardo e o Teatro Académico Gil Vicente.
“Antes do 25 de Abril, o teatro universitário foi fundamental para se continuar um teatro mais de pesquisa e experimental”, referiu Mickael de Oliveira, observando que, após a revolução e com a possibilidade de criação de companhias que exploravam essa área, o teatro universitário assumiu “um lugar de iniciação”.
O teatro universitário “coloca-se no prazer desinteressado, em que muitos dos que participam não querem ser atores, dramaturgos ou desenhadores de luz, mas que têm essa vontade de ter prazer com a experiência teatral”, sublinhou.
A Mostra de Teatro Universitário conta com a participação do Teatro Universitário do Minho, Grupo de Teatro de Letras da Universidade de Lisboa, Skaenika Teatro da Universidad de Granada e o Grupo de Teatro Académico de Leiria.
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