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Coimbra

Tabernas Cova Funda e A Toca do Gato solicitam reconhecimento como entidades de interesse histórico e cultural

Notícias de Coimbra | 3 anos atrás em 22-01-2021

 

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O executivo da Câmara Municipal (CM) de Coimbra vai analisar e votar, na sua reunião de segunda-feira, duas propostas para o eventual reconhecimento da Taberna A Toca do Gato e da Taberna Cova Funda/Restaurante Espanhol como entidades de interesse histórico e cultural ou social local. A decisão será, posteriormente, submetida a um período de consulta pública, de 20 dias, para que, por fim, seja elaborado o relatório final e aprovado o reconhecimento. Recorde-se que, até ao momento, a autarquia já reconheceu 15 repúblicas de estudantes e duas “Loja com História”.

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A Taberna A Toca do Gato existe, pelo menos, desde 17 junho de 1930, data de um alvará com a autorização de venda de vinhos pelo estabelecimento. Próximo da Portagem, em plena baixa de Coimbra, a entrada faz-se pela Rua dos Gatos (ou da Sota) e é precisamente uma escultura de um gato que tem à porta que lhe dá o nome. A candidatura confirma, ainda, o histórico de atividade do estabelecimento no contexto académico e tradicional de Coimbra, com, presumivelmente, um século de atividade continuada, bem como uma atividade ininterrupta de restauração e convívio, destacando-se as referências de boémios da Academia dos inícios do século XX, bem como figuras históricas dessa época. A taberna é hoje uma referência histórica, sociológica e gastronómica da cidade.

A candidatura atesta o esforço do proprietário na preservação e conservação do património material, tendo sempre mantido os traços arquitetónicos e decorativos iniciais, que lhe dão o ambiente de taberna tradicional. Este é, pois, “um espaço de preservação da memória histórica coletiva, construída por anos de convívio da comunidade académica e frequência local, constituindo, assim, um inegável património imaterial, registado em testemunhos escritos e fotográficos”, lê-se na informação dos serviços municipais. A candidatura foi, assim, avaliada e foram confirmados todos os critérios necessários à obtenção do reconhecimento. 

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Já relativamente à Taberna Cova Funda/Restaurante Espanhol, situados na Rua da Sofia, n.º 113, há elementos que confirmam a sua existência antes de 1930. A candidatura atesta, ainda, o histórico de atividade do estabelecimento no contexto socioeconómico e político de Coimbra, com quase um século de existência, bem como uma atividade ininterrupta de restauração e convívio, com destaque para reuniões espontâneas após o 25 de Abril de 1974 e a presença de figuras históricas desse período. O estabelecimento desde sempre agregou uma heterogenia de clientela, sendo que muitos desses clientes ainda hoje frequentam o local, o que lhe atribui o estatuto de referência sociológica e gastronómica para a cidade.

Igualmente está provado o esforço do proprietário na preservação e conservação do seu património material, ao manter os traços arquitetónicos e alguns elementos decorativos iniciais e, ainda, ao assegurar a conservação do variado espólio documental, desde fotografias a instrumentos de cozinha e serviços de vinho originais deste estabelecimento. A Taberna Cova Funda/Restaurante Espanhol é considerada, igualmente, um espaço de preservação da memória histórica coletiva. Com os seus encontros, reuniões, jantares e sessões de Fado, o estabelecimento constitui, assim, “um inegável património imaterial, registado em testemunhos escritos e fotográficos de sucessivas gerações de frequentadores”, lê-se na informação. A candidatura foi avaliada e foram confirmados todos os critérios necessários à obtenção do reconhecimento. 

Recorde-se que a CM Coimbra aprovou, na reunião do executivo municipal do dia 05 de março de 2018, uma ficha de candidatura para a instrução de processos de reconhecimento e proteção de estabelecimentos e entidades de interesse histórico e cultural ou social local, de forma a auxiliar os estabelecimentos ou entidades que pretendessem ver efetivado esse reconhecimento. O objetivo passa, pois, por simplificar o procedimento, para que os estabelecimentos que se enquadrem nas categorias previstas na lei, entre eles as repúblicas de estudantes de Coimbra e as lojas com história, possam desencadear, com maior celeridade e simplicidade, o seu processo de pedido de reconhecimento como entidade de interesse histórico e cultural ou social local.

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