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Surto de malária em Benguela está em declínio 

Notícias de Coimbra | 3 anos atrás em 17-06-2021

O surto de malária em Benguela está em fase descendente, disse hoje a ministra da Saúde de Angola, que adiantou que o investimento na luta contra a covid-19 está também a contribuir para o tratamento da malária.

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 “Nós comparamos as semanas epidemiológicas e Benguela já está na fase descendente”, adiantou Sílvia Lutucuta, numa conferência de imprensa em que foi feito um ponto de situação sobre a malária, hoje em Luanda.

A ministra atribuiu o declínio às “medidas enérgicas” que foram tomadas no âmbito do plano de contingência, incluindo vigilância epidemiológica e de laboratório, melhorias no saneamento e abastecimento de água potável, mobilização social e logística.

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“Tudo estamos a fazer nas unidades de referência para garantir que o doente que vai à consulta seja logo testado e saia já com os seus medicamentos”, acrescentou.

Na semana passada, foi noticiado que um surto de malária e dengue estava a assolar a província angolana de Benguela, com o registo diário de dois mil casos, com uma morte em cada 400 casos diagnosticados, forçando as unidades sanitárias a uma taxa de ocupação três vezes acima da capacidade.

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Silvia Lutucuta salientou que o investimento feito em meios para prevenção e combate à covid-19 estão a ajudar no combate a malária.

“As nossas crianças estão a ser mais bem tratadas, sobretudo a nível de cuidados intensivos. Tivemos ganhos com a covid que não são só para a covid, são úteis para o tratamento de outras doenças”, salientou.

A responsável da pasta da Saúde reiterou o objetivo de chegar a 2025 como um país com erradicação da malária, indicando que há “esforços conjugados que vão continuar a ser feitos sobretudo nos determinantes de saúde”, nomeadamente o saneamento básico.

Silvia Lutucuta admitiu que a combinação do lixo acumulado e das chuvas intensas como as que se verificaram em abril em Luanda potenciaram o surgimento dos mosquitos.

“Ficámos numa situação em que os vários tipos de mosquitos estão a reproduzir-se em grande escala e as doenças começam a surgir”, realçou.

Angola registou, entre janeiro e maio de 2021, 3.799.458 casos de malária e 5.573 óbitos, com uma taxa de letalidade de 0,1%, representando um acréscimo de casos e uma redução de mortes face ao período homólogo.

Os casos reportados este ano significam mais 322.717 casos e menos 102 óbitos relativamente aos primeiros cinco meses de 2020.

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