O ensino à distância e a consequente e forçada digitalização da educação trouxeram um novo desafio para aqueles que não tinham condições para frequentar as aulas online, por falta de equipamento informático.
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O Student Keep surgiu, há precisamente três anos, para colmatar essa lacuna, tendo angariado, recondiconado e doado, até hoje, cinco mil computadores a estudantes de norte a sul do país.
Inicialmente, Student Keep identificou “a necessidade de computadores dentro do seio familiar, reuniram-se pessoas com vontade de ajudar, recursos e contactos, os chamados “keepers”, e o projeto ganhou forma. A iniciativa começou a ganhar impacto e visibilidade”, contando com a participação de personalidades das mais diversas áreas e com a parceria de entidades como a Fundação Calouste Gulbenkian, a Fundação Benfica, a Fundação GALP, a EDP, a CELFOCUS, a JP.IK, a Web Summit, a Caixa Geral de Depósitos, a King Baudouin Foundation, a Infraestruturas de Portugal e o GRACE.
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O Student Keep conseguiu juntar uma equipa vasta de voluntários, das mais variadas áreas, que chegaram a mais de 200. Desde a recolha até à intervenção técnica nos equipamentos informáticos antes de estes serem doados, os voluntários trabalharam incansavelmente no desenvolvimento da plataforma Student Keep, na divulgação e na realização de parcerias, o que permitiu assegurar a entrega da ajuda.
O projeto foi anunciado em março de 2020 e foi reconhecido pela OCDE como um dos projetos mais inovadores para fazer face à pandemia, a nível mundial. O grande impacto que foi gerado no período de pandemia poderia antever algum abrandamento na sua atividade com o esvanecimento dos efeitos da Covid-19 na educação, mas, em março de 2023, atingiu o marco dos cinco mil computadores doados. “Estamos muito orgulhosos por alcançarmos esta meta, que era inimaginável quando iniciámos este caminho. Temos uma equipa de voluntários fantástica, que manteve a sua dedicação ao projeto e a esta causa de forma consistente nestes últimos três anos. Se a isso juntarmos os mecenas e parceiros do projeto que têm mantido a confiança na nossa equipa, encontramos a explicação para a longevidade inesperada do Student Keep”, explica Rui Nuno Castro, responsável do projeto.
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Os computadores têm sido entregues a escolas, instituições de solidariedade social e organizações não governamentais que, por sua vez, os atribuem aos alunos que necessitam deste apoio. Apesar da conquista celebrada, Rui Nuno deixa um alerta: “ainda não é suficiente para suprimir as necessidades de todos os alunos em Portugal. Vemos uma evolução positiva da digitalização da educação, contudo muitos alunos continuam excluídos ou info-excluídos e não podemos descurar a sua educação”.
O Student Keep tem também como parceiros a Primavera, a Integer Consulting, a See Tickets, a Fundação Vasco Vieira de Almeida, a Beta-i, a UCI, o OLX Group, a DECO Proteste, a AON, a Mixtrónica, a PLMJ, a ChicPetite, o Instituto Pedro Nunes, Schneider Electric, a Fábrica de Startups, a Fundação do Futebol, o Banco de Portugal, a Associação Académica de Coimbra – Organismo Autónomo de Futebol e a Arnaud – Indústrias Gráficas.
O Student Keep é um projeto de economia circular com impacto social que pretende promover o sucesso escolar, dando aos alunos as ferramentas tecnológicas através das quais se pretende que adquiram competências digitais, modernizando o sistema educativo através de uma intervenção inovadora.
Qualquer pessoa ou empresa (organização) pode tornar-se um “Keeper”, basta, para isso, ter material informático disponível para doar e inscrever-se através do formulário disponível em: www.studentkeep.org.
O projeto Student Keep surgiu pela mão da alphaCoimbra e foi acelerado pelo movimento #tech4COVID19, criado por um grupo de fundadores da comunidade tecnológica portuguesa que desenvolveu soluções tecnológicas para ajudar a população a ultrapassar os desafios lançados pela pandemia. Hoje, o Student Keep, responde às necessidades não apenas da comunidade nacional como também das comunidades migrantes e de refugiados da guerra na Ucrânia, tendo por ambição internacionalizar a sua atividade.
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