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Soure pede “diferenciação positiva para empresas do interior” e contrapartidas do 5G (com video)
O presidente da Câmara de Soure pediu ontem ao Governo uma “diferenciação positiva para as empresas do interior” durante a visita da ministra da Coesão Territorial que dedicou a tarde as três empresas de design e mobiliário.
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“Neste Portugal do interior, onde às vezes é difícil chegar, fazem-se coisas de excelência”, disse Mário Jorge Nunes que realçou a necessidade de garantir que a “fibra óptica e o 5G” cheguem ao tecido empresarial de Soure.
Ainda sobre tecnologias, mas com uma componente ligada à mobilidade e acessibilidade, Mário Jorge Nunes disse esperar que o Governo concretize o que estabeleceu numa resolução do conselho de ministros, que definia que “com as contrapartidas do leilão do 5G” iria concretizar obras que ficaram de fora do Plano de Recuperação e Resiliência, como foi o caso da ligação da via rápida de Taveiro, em Coimbra, a Alfarelos e Granja do Ulmeiro.
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O autarca do PS, que se recandidata nas próximas eleições autárquicas, afirmou que esta é a única forma de conseguir “o que a Europa tem recusado”, referindo-se à ligação de “last mile” das vias rodoviárias, excluídas dos fundos de coesão da UE.
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Mário Jorge Nunes quer “dotar Soure de espaços e áreas de localização empresarial para acolher a diversidade da procura de empresas de diversos tipos”. O autarca disse ainda que o concelho está a receber muita procura por parte de empresas, mas que a autarquia não tem oferta em termos de terrenos e espaços, um problema que admite vir a solucionar com a compra de terrenos e infraestruturas para as empresas se instalarem no território.
A ministra Ana Abrunhosa disse que em plena pandemia os empresários não pararam de inovar e de trabalhar. “A pandemia ensinou-nos a aumentar a produção nacional em particular” estes empresários que nunca pararam de inovar”. São o exemplo da inovação e da criatividade levada ao limite” considerou Ana Abrunhosa no final da visita à Creating Hotels.
“Profundamente inovador, não só pelo design e funcionalidade mas pela própria conceção.” Foi assim que a governante elogiou a mais recente criação integrada no conceito de Bungalow Iconic Hotel, cuja construção de um conjunto de alojamentos turísticos com arquitetura em formato de cereja gigante está a ser ultimada para ser instalada no Fundão, até ao final do ano. Em entrevista no final da visita, Ana Abrunhosa disse que não está previsto o reforço de verbas para as candidaturas ao programa +CO3SO e que não vão ser todas aprovadas nesta fase.
Com a apresentação do conceito de Bungalows Iconic Hotels, a empresa do grupo Decriativos, que mudou a unidade de produção recentemente para a Granja do Ulmeiro, em Soure, espera alcançar os dois milhões e meio de euros em faturação em 2022.
Ana Abrunhosa realçou que os empresários “souberam aproveitar o ensinamento que a pandemia trouxe” também em termos de definição do produto turístico mais relacionado com a natureza e menos urbano.
A segunda empresa que recebeu a visita governamental foi a Unissima – Home Coture, cuja responsável, Ana “Piquete” sublinhou as contingências dos acessos rodoviários a Soure, que lhe é transmitida pelos clientes durante as visitas.
A Unissima foi criada em 2015, com o saber de mais de 40 anos dos artesãos interpretado pelos jovens designers, reunindo “o técnico, o artístico e o tecnológico”.
As visitas terminaram na Tralhão Design Center e Ipotz Studio, ligada ao mobiliário, que é agora liderada pelos filhos do fundador, Manuel Maria da Costa Tralhão, homenageado pela autarquia na cerimónia realizada à noite.
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