Coimbra

Soure comemora 893 anos da doação do Castelo aos Templários

Notícias de Coimbra com Lusa | 3 anos atrás em 20-03-2021

A iniciativa foi realizada no dia 19 de março de 2021, pelas 11 horas pela OPCTJ (Ordem dos Pobres Cavaleiros do Templo de Jerusalém), pelo Município e pela Comenda Templária de Soure e visa assinalar a comemoração da doação, do Castelo, por D. Teresa aos Templários.

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No hastear da bandeira do Município e da Ordem Templária no Castelo de Soure, estiveram presentes alguns elementos simbolicamente vestidos à época, o presidente da Câmara Municipal de Soure, Mário Jorge Nunes, o Grande Comendador da OPCTJ, Nascimento Costa e o Comendador da Comenda de Soure Ângelo Penacho.

A importância histórica, cultural e militar que Soure representa, para o tema “Templários”, foi com este hastear de bandeiras lembrado, não deixando esquecer o passado e com os olhos postos no futuro (com outras atividades e iniciativas culturais sobre o tema).

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Em 19 de março de 1128 D. Teresa entregou o castelo de Soure à Ordem dos Templários. A Ordem dos Pobres Cavaleiros de Cristo foi fundada em Jerusalém em meados de 1118, por um grupo de cavaleiros de origem francesa, com o objetivo de proteger a Terra Santa dos ataques muçulmanos. Dez anos depois, em janeiro de 1128, S. Bernardo de Claraval redige  a regra da Ordem do Templo que é promulgada no Concílio de Troyes, formalizando assim a Ordem do Templo. A 19 março de 1128, cerca de dois meses depois da Criação da Ordem, D. Teresa entrega o castelo de Soure aos Templários, tornando-se assim a primeira fortaleza sede do Templo em Portugal e também um dos primeiros castelos possuídos pelos Templários na Europa.

A sua localização numa zona meridional do Condado Portucalense foi estratégica no apoio á reconquista cristã. D. Teresa terá doado aos Templários todas as terras que estiveram sobre o domínio muçulmano desde Coimbra até Leiria. Um ano depois (a 13 de março de 1129), D. Afonso Henriques confirmou essa doação e afirma-se no texto de doação como Irmão da Ordem.

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“(…) esta doação faço, não por mando, ou persuasão de alguém, (…) e porque em a vossa Irmandade sou Irmão (…). Eu o Infante D. Afonso com a minha própria mão roboro esta carta.“

Para Mário Jorge Nunes “Os Sourenses devem conhecer e sentir orgulho no importante passado desta vila. Sete séculos como “Terras da Ordem” primeiro dos Templários depois de Cristo. Estes nossos antepassados contribuíram para a formação do nosso país e deixaram-nos muito do que somos e do que possuímos.

Em 2016 fez-se o primeiro grande evento sobre o tema e nos últimos anos, quer com mais ou com menos figurantes, Soure tem comemorado esta data histórica.

Soure na sua dimensão não se pode comparar com Ponferrada (Espanha) ou com Tomar, mas a sua tradição templária permite-lhe estar presente nas rotas templárias. O Município de Soure já integrou a Associação de Turismo Militar Português, tem por objetivo fazer parte do novo Museu da Ordem dos Templários a criar em Tomar, onde o Centro Interpretativo Muralhas, em Soure, pode beneficiar da parceria a ser criada com a Universidade do Porto. O Município de Soure está a preparar candidaturas que potenciam Soure como destino turístico para os apreciadores do tema templário.”

Esta ação decorreu com um número limitado de participantes e no cumprimento das normas de seguranças previstas para o atual estado pandémico vivido no pais.

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