Coimbra

Somos Coimbra quer túnel em Celas para sistema de mobilidade do Mondego

Notícias de Coimbra | 5 anos atrás em 12-12-2018

O movimento Somos Coimbra (SC) disse hoje querer que o sistema de mobilidade do Mondego disponha de via dedicada em toda a extensão e que a travessia de Celas, na Alta de Coimbra, seja feita através de um túnel.

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Numa nota enviada hoje à agência Lusa, o movimento, representado na Câmara de Coimbra por dois vereadores, afirma que “Coimbra não pode continuar a aceitar a solução minimalista que o Governo, através da IP [Infraestruturas de Portugal], tem vindo a impor e que em nada vai contribuir para alterar o paradigma de mobilidade urbana”.

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Além disso, sustenta, a Câmara de Coimbra “tem de assumir um papel central de liderança e controlo dos projetos de integração no meio urbano”.

Embora prefira o sistema ferroviário, o movimento considera “aceitável que face aos níveis de procura previsíveis se opte por uma solução intermédia do tipo BRT [bus rapid transit]”, mas, sublinha, desde que o projeto viabilize, desde a “fase inicial”, a “transposição futura do sistema rodoviário para ferroviário, assim que a procura o justificar”.

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O sistema deve prever “via dedicada em toda a sua extensão e prioridade nos cruzamentos, para garantia da fiabilidade e competitividade do sistema”, sustenta ainda o SC, salientando, por outro lado, que “a construção do túnel de Celas é a única solução capaz de assegurar com qualidade o atravessamento de um dos cruzamentos mais saturados” da Alta da cidade.

“Não se pode perder a oportunidade de Coimbra vir a ser provida de um sistema de qualidade, pioneiro e de referência quer a nível nacional quer europeu”, defende o movimento, lamentando a forma como a IP, “com a total conivência” da Câmara de Coimbra, desvirtuou e descaracterizou este projeto, que “deveria ser estruturante para Coimbra e decisivo para a alteração do paradigma de mobilidade urbana”.

O projeto de metro ligeiro para a cidade de Coimbra e Ramal da Lousã (ferrovia que servia aquele município e os da Lousã e Miranda do Corvo, desativada em 2010 e cujos carris foram removidos), foi anunciado em 1994, mas, entretanto, abandonado, tendo o atual Governo decidido avançar com o sistema de ‘metrobus’, com um investimento estimado de 89,3 milhões de euros.

Este montante inclui a infraestrutura e um total de 43 autocarros elétricos, sendo 30 de 55 lugares sentados, para o troço suburbano da rede, entre Serpins e Coimbra, e 13 articulados de 130 lugares sentados e em pé, para a área urbana da capital do distrito.

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