Coimbra
Somos Coimbra quer ampliar “Anel Verde Central” e propõe adesão do município à Aliança Europeia de Cidades pelas Árvores
Há um amplo movimento europeu no sentido de lutar contra as alterações climáticas, sendo Portugal um dos países europeus mais negativamente afetados, recorda o Somos Coimbra em comunicado enviado a Notícias de Coimbra.
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“É também cada vez mais visível que quem participar ativamente nas transformações necessárias para responder a este desafio retirará vantagens económicas fortes, ao posicionar-se na linha da frente para suprir as novas necessidades que resultam destas transformações”, salienta o movimento liderado por José Manuel Silva.
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O movimento Somos Coimbra entende que Coimbra tem de ter um papel muito ativo nesta mudança.
Uma das múltiplas iniciativas a ter é a adesão à Aliança Europeia de Cidades pelas Árvores, adesão na qual o município deve fazer-se acompanhar pela Universidade e pelo Instituto Politécnico.
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Esta aliança tem por objetivo melhorar o “uso das árvores nas cidades” para fazer face ao triplo desafio “energia, clima e biodiversidade”. Nesta sua fase inicial é financiada pelo programa europeu LIFE com um orçamento de cerca de 3 milhões de euros. Anunciada recentemente em Oeiras, é um apelo à ação local conjunta de municípios, academia e sociedade civil, mas cujo impacto se espera que seja global.
O Somos Coimbra lembra que as árvores sempre tiveram um papel central na vida de Coimbra e de todas as povoações do concelho, para além de a nossa região ter uma forte componente florestal e agrícola.
As árvores são produtoras de O2 e retentoras de CO2, logo fundamentais para combater as alterações climáticas, lembra Jorge Paiva.
As árvores urbanas filtram o ar, ajudando a remover as partículas tóxicas emitidas pelos carros e fábricas e contribuindo para uma melhor qualidade do ar, reduzem o ruído e a temperatura excessiva, retêm a água da chuva no solo, atenuam os efeitos de ilha de calor, disponibilizam sombreamento, promovem a biodiversidade, tornam o espaço público mais agradável, aumentam a produtividade e o bem-estar e diminuem a depressão e a incidência de asma e doenças cardíacas.
Sendo um importante elemento na mitigação das alterações climáticas, muitas cidades estão, neste momento, a reforçar os espaços verdes já existentes. É o caso de Paris, que anunciou recentemente a criação de quatro “florestas urbanas” em zonas centrais da cidade.
Neste âmbito o Somos Coimbra propõe igualmente que se atualize, amplie e implemente o conceito de “Anel Verde Central” (de articulação entre os espaços verdes públicos históricos e as margens do rio), já referenciado no Plano Costa Lobo.
Refira-se que, segundo um estudo do Serviço Florestal dos EUA, cada dólar gasto na plantação de árvores tem um retorno de cerca de 5,82 dólares em benefícios públicos.
O Somos Coimbra pretende que Coimbra seja uma cidade líder na proteção climática.
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