Skyboy de Coimbra reformava-se se tivesse vencido mundial de Poker

Notícias de Coimbra | 7 anos atrás em 19-07-2017

O jogador português Pedro Oliveira disse que se reformaria, caso tivesse vencido o campeonato do mundo de ‘poker’ (WSOP), que decorre em Las Vegas, nos Estados Unidos, o qual terminou no 11.º posto.

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Pedro Oliveira, o “Skyboy”, tem 32 anos e é profissional de ‘poker’ há 14. Em declarações à agência Lusa, disse que chega a jogar 40 torneios por dia e, se tivesse arrebatado os oito milhões de dólares do primeiro prémio do Mundial, reformava-se.

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O português, natural de Coimbra, ganhou o maior prémio de sempre dos jogadores nacionais, ao receber 675 mil dólares (cerca de 585 mil euros) pelo 11.º lugar no WSOP.

Pedro Oliveira está há um ano emigrado no Brasil, depois de o Governo português ter regulamentado os jogos ‘online’, permitindo apostas apenas entre jogadores nacionais.

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Patrocinado por uma sala de jogo ‘online’, Pedro Oliveira justificou a opção de emigrar para o Brasil: “Para um profissional, é impossível viver em Portugal.”

“Jogar contra portugueses movimenta muito pouco dinheiro, o mercado é muito limitado e, para quem joga em alta competição, arrisca-se a ficar para trás na curva de aprendizagem, pois deixa de enfrentar os melhores do mundo”, disse à Lusa.

O jogador falou de um feito histórico para o ‘poker’ português, conseguido entre os 7.221 jogadores que participaram no “2017 48th Annual World Series of Poker”.

“Conseguir o maior prémio de sempre de um português é sempre bom”, disse, apesar da desilusão sentida frente a um adversário ao seu alcance, “mas, infelizmente, as cartas não ajudaram”.

O sucesso em Las Vegas fez-lhe chegar “milhares de mensagens” e a curiosidade da estação de televisão norte-americana ESPN – a mesma que, aos 18 anos, lhe despertou a paixão pelo ‘poker’ -, a quem contou o seu percurso de vida.

Aos 32 anos, já leva 14 de ‘poker’ e considera-se um dos “melhores jogadores portugueses”, afirmando disputar “milhares de torneios por ano”, o que diariamente faz com que participe “entre 30 a 40 ‘online’ e em simultâneo entre 14 e 15 torneios”.

Em pequenino, disse, pensou em “ser rico ou bombeiro”, mas foi o gosto pela matemática e um acaso que lhe contornaram a paixão, isto apesar de os pais não terem achado boa ideia.

“Os meus pais não gostaram muito da ideia”, disse, mas a cedência ao ‘poker’ surgiu a troco da conclusão do curso de Gestão de Empresas.

A dedicação total ao jogo deu-lhe dinheiro e sustenta-se sozinho para viver em São Paulo, mas também custo, sendo que a última vez que veio a casa foi “há quatro meses”, à qual não pensa voltar tão cedo, pois “significaria ter deixar de trabalhar”, detalhe que, explicou, “o contrato de patrocínio não permite”.

A divulgação do gosto de Cristiano Ronaldo pelo ‘poker’ é, segundo Pedro Oliveira, “positivo” para o jogo, pois trata-se de “uma figura pública e que chega a milhões de pessoas”, mas quanto a poder ser também bem-sucedido nas mesas de jogo, a história é bem diferente.

“É difícil ele ser bom no ‘poker’, mas competitivo que é, pode até vir a ser. Mas ele não está, nesta fase, em condições de ser um ótimo jogador, há que ter uma dedicação diária, que ele, enquanto futebolista de alta competição, não pode ter”, explicou do jogador do Real Madrid e da seleção nacional de futebol.

“Sem tempo, por agora, para constituir família”, o mais bem-sucedido jogador português de ‘poker’ pensa continuar a jogar até ao final da vida, o que não deve ser confundido com o ser profissional, resposta que, confessou, não ser capaz de dizer quanto tempo “vai ainda durar”.

“Sobre isso, a única coisa que posso garantir é que se tivesse ganhado os oito milhões do prémio de vencedor do Mundial reformava-me”, concluiu.

Chegado aos últimos nove jogadores, o WSOP recomeça na quinta-feira, em Las Vegas.

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