Situação melhorou, mas ainda há perigo de reacendimentos em Góis

Notícias de Coimbra | 7 anos atrás em 21-06-2017

A intensidade do fogo que lavra desde sábado em Góis está a diminuir, mas o concelho ainda não está “fora de perigo” devido à possibilidade de reacendimentos, disse hoje a presidente do município do distrito de Coimbra.

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“A situação melhorou consideravelmente, sendo que não podemos afirmar que estamos fora de perigo porque pode haver reacendimentos – a temperatura está bastante elevada, o vento tem-nos traído em todas as noites”, afirmou Lurdes Castanheira em declarações à agência Lusa.

“Espero que não nos traia e que nos ajude”, acrescentou a autarca.

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O município de Góis faz fronteira com Pedrógão Grande e Castanheira de Pera, no distrito de Leiria, e com o concelho da Pampilhosa da Serra, no distrito de Coimbra, para onde as chamas progrediram, após deflagrarem no sábado, em Fonte Limpa.

Segundo a responsável, são “mais de duas dezenas” as aldeias já evacuadas no concelho de Góis devido ao aproximar das chamadas.

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“Durante a noite, ainda foi necessário fazer a evacuação da aldeia do Sobral, na União de Freguesias de Cadafaz e Colmeal, por uma questão de prevenção”, apontou Lurdes Castanheira.

Fonte do comando da Guarda Nacional Republicana (GNR) falou hoje à Lusa num total de 24 aldeias evacuadas: Saião, Salgado, Cadafaz, Colmeal, Candosa, Capelo, Corterredor, Cabreira, Aldeia Velha, Candosa, Carvalhal do Sapo, Tarrastal, Folgosa, Selada do Braçal, Estevianas, Cimeira, Alvares, Amioso Cimeiro, Sobral, Candeia, Travessas, Fonte dos Sapos, Sobral e Moradia.

Ao todo, foram 170 pessoas retiradas, número que inclui cerca de 50 idosos que frequentam um lar na aldeia de Cabreira.

Questionada sobre o registo de feridos, a presidente do município referiu que isso ainda não se verificou.

Esta tarde, o município vai, juntamente com as autoridades, “fazer uma visita” à União de Freguesias de Cadafaz e Colmeal, zona que está a ser mais afetada pelo incêndio, indicou.

O objetivo é “assegurar que há condições para reinstalarmos as pessoas nas suas casas, reinstalarmos todos os idosos que foram retirados do lar na Cabreira, da Cáritas Diocesana de Coimbra”, adiantou, aludindo a questões como a garantia de que há eletricidade e água nas habitações e que não existe nenhum foco de incêndio.

“Continuamos a ter um número significativo de operacionais no terreno, entre bombeiros, militares, pessoal de equipas do INEM, Cruz Vermelha”, notou Lurdes Castanheira.

De acordo com a autarca, para ali deslocaram-se também, na terça-feira à noite, 100 bombeiros espanhóis vindos da Galiza e da Andaluzia.

A acompanhar a situação no local está o secretário de Estado da Administração Interna, Jorge Gomes.

De acordo com a informação disponibilizada pelas 12:35 na página da Autoridade Nacional de Proteção Civil na internet, o fogo em Góis mobilizava 21 meios aéreos e 396 viaturas, que auxiliam o trabalho de 1.157 operacionais.

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