Coimbra

SIRESP salva comunicações de emergência após apagão da Vodafone no distrito de Coimbra (com vídeo)

Notícias de Coimbra | 2 anos atrás em 08-02-2022

As comunicações de emergência no distrito de Coimbra, devido ao ataque informático que afeta desde segunda-feira a operadora Vodafone, estão a ser asseguradas pelo SIRESP – Sistema Integrado de Redes de Emergência e Segurança de Portugal. A alternativa, gerida pelo Comando Distrital de Operações de Socorro (CDOS), colmatou o colapso da operadora de comunicações e tem estado a garantir a ligação entre o INEM e os corpos de bombeiros.

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“Chegou-nos o alerta via comando nacional, a solicitar que todos os comandos distritais fizessem a interligação entre o INEM e os corpos de bombeiros, através do SIRESP, o que está a acontecer desde as 23:00 de segunda-feira”, disse ao Notícias de Coimbra Carlos Luís Tavares, comandante do CDOS Coimbra.

O INEM, que utiliza a rede Vodafone para a maioria dos contatos, recorreu ao SIRESP e a outras redes de comunicações em todo o país, desde o apagão da operadora. “O Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) deixou de conseguir fazer o acionamento de meios através da rede Vodafone”, referiu o responsável, explicando que a “rede SIRESP não se esgota” e “poderá ser usada enquanto for necessário”.

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Carlos Luís Tavares sublinhou ao NDC que a rede permite acionar três canais em simultâneo. “Neste momento, temos o Coimbra 1 através do qual o CODU [INEM] está a fazer os acionamentos para os corpos de bombeiros e o Coimbra 2 que está a receber a passagem dos dados dos corpos dos bombeiros para o INEM” e o “CDOS serve de sustentação para que estas entidades possam falar”, descreveu. 

Considerando que a rede de comunicações SIRESP “tem um potencial enorme” ao permitir o contacto de diferentes entidades e ao suportar, em caso de colapso, as redes móveis e fixas para casos de emergência, o comandante garante que “o socorro no distrito e no país foi assegurado por esta via”.

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Sem esta rede, afirma o responsável, o socorro “seria quase impossível” e levaria a uma maior perda de tempo. “O SIRESP tem esta valência de conseguir interligar os diferentes agentes de proteção civil”, refere, explicando que são feitos “testes de comunicações diários, com a GNR, PSP e bombeiros” de modo a garantir “um canal que nos permite falar entre todos em caso de necessidade”.

Carlos Luís Tavares acrescentou ainda que em Coimbra não houve atrasos na resposta de emergência e que “na maioria dos distritos [o recurso ao SIRESP] está a funcionar muito bem”, com tudo a “fluir normalmente”.

Também o INEM esclareceu oficialmente, esta terça-feira, que apesar das falhas na rede Vodafone não se verificou qualquer “situação anómala” na prestação do socorro. Foi de “imediato” ativado o plano de contingência, privilegiando o acionamento através da rede SIRESP, que permitiu assegurar a “100%” todas as chamadas para o 112.

Em conferência de imprensa, o presidente executivo da Vodafone Portugal, Mário Vaz, tinha admitido que serviços essenciais que dependem da rede da Vodafone Portugal, como o INEM e alguns bombeiros foram afetados, mas que já foi recuperado o acesso a serviço voz e dados 3G.

A  Vodafone assumiu que foi alvo de um ciberataque na segunda-feira, mas não tem indícios de que os dados de clientes tenham sido acedidos e/ou comprometidos, estando determinada em repor a normalidade dos serviços.

Veja o vídeo do Direto NDC com Carlos Luís Tavares:

 

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