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Sindicatos ameaçam com greve no setor contra rescisões unilaterais no Santander

Notícias de Coimbra | 3 anos atrás em 23-08-2021

Os sindicatos dos Bancários do Norte (SBN), dos Bancários do Centro (SBC) e o Mais Sindicato dizem estar a estudar “medidas concertadas”, que podem incluir uma greve geral, em protesto contra a saída de 350 trabalhadores no Santander.

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“Estudaremos políticas concertadas de luta e reivindicação sindical, sem colocar de parte nenhuma medida, nomeadamente a convocação de uma greve geral do setor”, referiram, num comunicado conjunto.

O Santander não chegou a acordo para a saída de 350 trabalhadores, de um total de 685 inicialmente previstos, e vai agora avançar com um “processo unilateral e formal” a partir de setembro, segundo uma nota interna da Comissão Executiva do banco, enviada na sexta-feira, a que a Lusa teve acesso. 

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No comunicado hoje publicado, as estruturas sindicais disseram que solicitaram já, “com caráter de urgência, uma reunião com a administração do banco Santander Totta” que permita “perceber o alcance das medidas anunciadas”.

Além disso, garantiram, será apresentado à ACT (Autoridade para as Condições do Trabalho), PGR (Procuradoria Geral da República) e Provedoria de Justiça “um pedido de análise sobre a postura do banco Santander ao longo deste processo, denunciando, do mesmo passo, uma política de assédio e de discriminação, passível de investigação e condenação, dando conhecimento da mesma ao Ministério do Trabalho, para que atue em conformidade”.

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“Desde já informamos que não consideramos estarem reunidas, em nenhum caso, sublinhamos, as condições legais para qualquer despedimento coletivo na banca, nomeadamente ‘despedimentos’ feitos à medida, com processos prévios de negociação, assentes na pressão do próprio despedimento”, referiram, na mesma nota.

Na nota interna da Comissão Executiva do Santander, este órgão anunciou que “de acordo com o apuramento feito até esta data, existem cerca de 350 colaboradores (de entre o número de 685 colaboradores inicialmente previstos incluir no Plano de Reestruturação) que não aceitaram a proposta formulada pelo banco”.

A mesma nota adianta que “foi já hoje [sexta-feira] solicitado, nos termos legais, o parecer à Comissão Nacional de Trabalhadores que antecede a aplicação de medidas unilaterais de diminuição do número de trabalhadores” da instituição.

A Comissão Executiva indicou que “o processo unilateral e formal que se seguirá incidirá apenas sobre os colaboradores abrangidos no Plano de Reestruturação que entenderam não chegar a acordo com o banco, e será iniciado nos primeiros dias de setembro”.

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