Autárquicas

Seguro conta que os mercados falaram e Portugal diz que os discursos são como os biquínis

Notícias de Coimbra | 11 anos atrás em 18-09-2013

O secretário-geral do PS contestou a tese de que uma flexibilização das metas do défice poderá gerar desconfiança nos credores internacionais, contrapondo que hoje os mercados falaram e Portugal pagou mais pela emissão de dívida.

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António José Seguro falava em Buarcos, freguesia piscatória da Figueira da Foz, perante centenas de pessoas, num comício de apoio à candidatura socialista de João Ataíde à presidência da Câmara desta cidade.

Tal como ao longo do dia de hoje, o secretário-geral do PS fez várias críticas à atuação da ‘troika’ (Banco Central Europeu, Fundo Monetário Internacional e Comissão Europeia) e do Governo em relação ao país e procurou contrariar o argumento de que uma suavização da austeridade poderia colocar em causa a credibilidade da trajetória económica e financeira nacional.

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“Credibilidade? Hoje os mercados falaram e disseram que Portugal tinha de pagar mais” pela emissão de dívida, argumentou o líder socialista, citando também, depois, a advertência da Standard & Poors no sentido de poder baixar o ‘rating’ de Portugal.

Na sua intervenção, Seguro fez uma pergunta aos apoiantes socialistas de Buarcos para contestar a visão política do Governo e da ‘troika’.

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“Acham que as coisas estão a correr bem?” E a resposta foi um sonoro “não”.

Seguro concluiu: “Então temos de mudar de caminho e temos de acabar com os cortes, os pensionistas e os reformados estão a sentir no bolso os cortes do Governo”.

Antes, João Ataíde, independente, que procura ser reeleito presidente da Câmara da Figueira da Foz, fez um breve discurso a sustentar que o seu município está “em contraciclo face à política do Governo”.

“Temos e estamos a aplicar uma carta social”, declarou.

Na primeira intervenção do comício, o deputado socialista João Portugal (também presidente da Concelhia do PS da Figueira da Foz) prometeu ser breve nas suas palavras e, para o efeito, citou o que lhe foi dito um dia por uma peixeira de Buarcos.

“Os discursos são como os biquínis, querem-se curtinhos e a mostrar o essencial”, disse, provocando gargalhadas.

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