Região

Santana Lopes defende que António Costa deve ser convidado a formar novo Executivo

Notícias de Coimbra com Lusa | 1 ano atrás em 29-12-2022

O antigo primeiro-ministro e atual presidente da Câmara Municipal da Figueira da Foz, Pedro Santana Lopes, defendeu hoje a demissão do Governo e que o Presidente da República deverá convidar o primeiro-ministro a formar um novo executivo.

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“Defendo que o primeiro-ministro devia apresentar a demissão deste Governo e o Presidente [da República] convidá-lo a formar novo Governo”, afirmou Santana Lopes em declarações à TSF.

O antigo primeiro-ministro considerou que esta solução “tem precedentes na história da democracia portuguesa”, sustentando que “aconteceu com o doutor Balsemão, nos VII e VIII Governos Constitucionais, ele apresentou a demissão do Governo porque tinha problemas internos”.

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Para o autarca da Figueira da Foz, o atual Governo “esgotou, já não aguenta mais casos”, pelo que António Costa “tem de apresentar uma equipa nova”.

Quanto à autoridade do primeiro-ministro, considerou que “está enfraquecida, mas não esgotada”, e que António Costa tem força para liderar um novo elenco governativo.

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Pedro Santana Lopes, e foi também presidente do PSD, defendeu também que o partido deveria apresentar uma moção de censura ou apoiar aquela que a Iniciativa Liberal anunciou que irá entregar na Assembleia da República.

E apontou que “a situação justifica” esta iniciativa, porque “este Governo deve cair”.

Sobre a opção dos sociais-democratas por um debate de urgência ao invés de uma moção de censura, o autarca classificou como “aquela mania de os partidos não quererem imitar os outros”.

“Eu acho que os partidos têm mesmo a mania de ser originais, às vezes não querem andar a reboque dos outros”, apontou, salientando: “Tivessem agido mais cedo”.

Já em declarações à Rádio Observador, o presidente da Câmara da Figueira da Foz afirmou que, “se fosse pela bitola de Sampaio, a Assembleia já teria sido dissolvida umas quatro vezes”.

Pedro Santana Lopes chegou a chefe do Governo em 2004, depois de Durão Barroso deixar as funções de primeiro-ministro para presidir à Comissão Europeia.

O então Presidente da República, Jorge Sampaio, considerou na altura que a maioria PSD/CDS-PP tinha condições para assegurar a “estabilidade política”, sustentando que a demissão do primeiro-ministro não implicaria eleições antecipadas.

O antigo chefe de Estado deu então posse a um Governo liderado por Pedro Santana Lopes, mas quatro meses e muitas divergências depois acabaria por dissolver a Assembleia da República.

O ministro das Infraestruturas e da Habitação, Pedro Nuno Santos, demitiu-se na quarta-feira à noite para “assumir a responsabilidade política” do caso da indemnização de 500 mil euros da TAP à ex-secretária de Estado do Tesouro, que foi demitida no dia anterior.

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