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Coimbra

Sabia que a “culpa” da vinda da GNR para Coimbra é dos estudantes da Universidade?

Notícias de Coimbra | 2 anos atrás em 02-06-2022

A Guarda Nacional Republicana (GNR) chegou a Coimbra há 108 anos. O aniversário do Comando Territorial é assinalado amanhã, dia 3 de junho, mas os festejos prolongam-se para o fim de semana e decorrem, maioritariamente, em Miranda do Corvo. O que talvez poucos saibam é que na origem da instalação de um Batalhão na cidade está uma confusão entre estudantes da Universidade de Coimbra e futricas. 

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Tanto nos tempos da Monarquia como nos da República, muitas foram as ocasiões em que, de Lisboa, se deslocaram militares a Coimbra, para restabelecer a ordem pública e a segurança dos cidadãos, mas sempre regressavam à capital. A 30 de maio de 1914, tumultos entre estudantes e populares levaram a Comissão Executiva do Município de Coimbra a deliberar, a 11 de junho desse mesmo ano, a necessidade da instalação da GNR na cidade. E foi a 15 de julho de 1915 que a Secção de Coimbra da GNR se instalou no Pátio da Inquisição.

A ligação à cidade e à Universidade, se em 1914 foi marcada pela necessidade de acalmar os ânimos entre os estudantes e a população, e mais tarde, na crise académica de 1969, levou a que fosse chamada a colaborar, também, na manutenção da ordem pública. Até aos dias de hoje mantém-se a estreita ligação entre a GNR e os estudantes. A título de exemplo, são, anualmente, mais de 20 os carros do cortejo da Queima das Fitas que são montados e decorados no Quartel da Cumeada por centenas de estudantes.

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O dia 3 de junho, como dia da Unidade, assinalado amanhã, tem a sua génese na transferência definitiva em 1919, do então Batalhão n.º 4, para a cidade de Coimbra. Instalado, inicialmente, no “Celeiro Municipal”, antigo celeiro do Convento de Santa Cruz e atualmente Esquadra nº2 da PSP, aí se manteve até 1 de outubro de 1920, data em que passou para as atuais instalações na Cumeada, num edifício propositadamente construído para o funcionamento do Colégio Moderno. Foi nessas instalações, consideradas “simplesmente magníficas, não existindo melhor”, que se instalou a 1.ª Companhia do Batalhão n.º 5 da GNR.

Em 1921, a GNR instalou um Posto num dos torreões do pórtico do Parque de Santa Cruz. O Batalhão garantia a segurança ao Banco de Portugal e mesmo o edifício da Câmara Municipal de Coimbra teve a sua segurança garantida, entre 1922 e 1927, por uma força da GNR. A cidade acolheu, primeiro, a secção, depois o Batalhão e, desde 2009, o Comando Territorial, fruto das sucessivas alterações orgânicas.

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A estrutura abrange atualmente cerca de 72% da população e 97% da área do distrito de Coimbra e nele tem implantados quatro Destacamentos Territoriais: o de Coimbra, o de Cantanhede, Lousã e Montemor-o-Velho. Fazem ainda parte da composição orgânica do Comando Territorial de Coimbra um Destacamento de Trânsito e um Destacamento de Intervenção.

As celebrações começam esta sexta-feira, com uma demonstração de meios da GNR, entre as 10:00 e as 12:00, na Alameda das Moitas em Miranda do Corvo. às 17:00 será celebrada uma Missa Solene na Igreja Matriz de Miranda do Corvo. Já no sábado, às 11:00, ocorrerá a cerimónia militar com parada, na Praça José Falcão, também em Miranda do Corvo. Ambas as iniciativas fazem parte do programa da ExpoMiranda que está a decorrer. No domingo, dia 5 de junho, às 18:00, decorrerá um concerto solidário da Banda Sinfónica da GNR, no Convento São Francisco, em Coimbra, a favor da Casa do Gaiato de Miranda do Corvo. 

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