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Precários do hospital Rovisco Pais protestaram pela falta de vínculo

Notícias de Coimbra | 6 anos atrás em 10-07-2018

Cerca de meia centena de trabalhadores precários do Centro de Medicina de Reabilitação da Região Centro (Rovisco Pais) manifestaram-se hoje pela regularização dos seus vínculos, no primeiro dos dois dias de greve que estão a cumprir.

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O protesto, à porta das instalações do hospital, levou ao corte momentâneo da estrada nacional 109 quando os manifestantes atravessaram a via e nela permaneceram alguns minutos, mas a circulação foi rapidamente restabelecida, ainda antes da chegada da GNR, que deslocou dois agentes ao local.

Daniela Silva, representante dos grevistas, lembrou que os precários na instituição “são mais de 80” e um deles presta serviço a recibos verdes há 15 anos “sem quaisquer direitos”.

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Frisou que os requerimentos dos precários do Rovisco Pais foram avaliados pela CAB [Comissão de Avaliação Bipartida] da Saúde “há sete meses” e que os processos foram aceites e homologados, mas a situação mantém-se, sem que os concursos para integração dos trabalhadores tenham sido abertos.

“Estaríamos agora só à espera de autorização do Ministério das Finanças, segundo o presidente do conselho de administração [do Rovisco Pais] é a única coisa que falta para avançar [com os concursos].

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“Faço um pedido ao ministro das Finanças que nos dê uma resposta, para que a gente perceba se é realmente essa a causa. Porque, segundo o sindicato da Função Pública, a única coisa que falta é a assinatura do nosso presidente do conselho de administração”, afirmou Daniela Silva.

Já José Dias, coordenador do Sindicato dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais do Centro, disse que a estrutura sindical não tem “a certeza” se o atraso é da responsabilidade da administração hospitalar ou do Ministério das Finanças mas exigiu a regularização da situação.

O sindicalista esclareceu que dos 85 pedidos de precários do Rovisco Pais que foram dirigidos à CAB da Saúde, 81 foram considerados, tendo três entrado fora do prazo e um já tinha vínculo definitivo.

Presente no protesto, o eurodeputado eleito pelo PCP, Miguel Viegas, considerou o caso do Rovisco Pais “um problema premente”, lembrando que o PCP entregou na Assembleia da República uma pergunta parlamentar que “visa pressionar o Governo” a resolver a situação dos precários da unidade hospitalar, tendo constatado que o processo está a avançar “muito lentamente”.

“Isto é totalmente inaceitável, nós vivemos de coisas concretas e este é um caso concreto que demonstra a falta de soluções e a necessidade de se avançar de forma mais célere”, disse Miguel Viegas.

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