Saúde

Risco de infeção oral é maior nos diabéticos do que na restante população

Notícias de Coimbra | 7 anos atrás em 18-01-2017

 

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Portugal é o segundo país da Europa com maior prevalência de diabéticos. A doença afeta mais de um milhão de Portugueses e estima-se que cerca de 27% da população viva na condição de pré-diabetes. De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), a doença mata mais de 12 pessoas por dia em Portugal.

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A doença periodontal – que afeta os tecidos que conferem suporte dentário – desde a gengiva ao osso que envolve e suporta o dente, continua a não ser devidamente diagnosticada, nem dada a verdadeira importância ao seu impacto na Saúde. No caso dos diabéticos o risco de infeção oral é maior do que na restante população, nomeadamente de doenças como gengivite, periodontite, cárie, problemas nas glândulas salivares ou de sensibilidade. No entanto, uma vez que atualmente a ligação entre a diabetes e a doença periodontal é ainda, por vezes, desvalorizada, o desafio é encontrar uma verdadeira e inovadora abordagem que envolva os profissionais de saúde, os doentes e um ecossistema diverso de transdisciplinaridade e que se traduza na mudança efetiva de comportamentos.

O excesso de peso, o sedentarismo e a obesidade estão entre os principais fatores de risco para a diabetes. A mudança de comportamentos assume contornos preocupantes quando, em Portugal, mais de metade da população tem excesso de peso – 6,18 milhões de pessoas (59,8%) – com uma prevalência mais acentuada nos homens (65%) do que nas mulheres (55%). A obesidade apresenta uma prevalência de 22,1%, atingindo quase 2,3 milhões de portugueses, sendo que é mais esbatida a diferença entre homens (21,4%) e mulheres (22,8%). O sedentarismo ou falta de atividade física afetam 33,5% dos homens e 40,8% das mulheres, de acordo com o mesmo relatório da OMS.

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Para debater estas questões e encontrar soluções que possam ter impacto significativo na qualidade de vida da população, nomeadamente da população diabética e pré-diabética, numa óptica de prevenção, o C.E.M.A.S (Centro de Estudos da Mundo A Sorrir) promove, no dia 25 de Março, na Fundação Calouste Gulbenkian em Lisboa, o II Simpósio, intitulado “Comportamentos: Diabetes e Saúde Oral”.

Será um evento científico, de carácter inovador, permitindo uma discussão transversal entre as diferentes áreas médicas, mas mantendo o foco no problema e na mudança de comportamentos.

O programa inicial fará referência à associação bidirecional entre a diabetes e a Saúde Oral. Inicialmente, será feita uma abordagem pela perspetiva do Médico Endocrinologista,  João Filipe Raposo, seguida da perspectiva pelo lado da Saúde Oral, pela periodontologista Susana Noronha. Este painel, terá uma alargada discussão, moderada pelos  Gil Alcoforado e o endocrinologista Luís Sobrinho.

Os comportamentos sob as perspectivas da Higiene Oral, da Nutrição, estão em destaque no programa, ficando a cargo do higienista oral, Mário Rui Araújo, do nutricionista José Camolas e, ainda, o tema da desabituação tabágica pela médica dentista, Marta Resende.

“As mudanças comportamentais e a mais-valia da transdisciplinaridade” será um dos painéis de discussão alargado, que junta todos os oradores presentes durante o período da manhã, aos quais se juntará a participação do Médico Psiquiatra José Neves Cardoso. O II Simpósio terminará com a participação do médico José Manuel Silva, com o tema “Literacia para a Saúde”.

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