Coimbra

Reitor de Coimbra diz que Comissão de Coordenação do Centro passou linha vermelha ao ignorar Universidade  

Notícias de Coimbra | 4 anos atrás em 30-09-2020

O reitor Amílcar Falcão criticou hoje a CCDR do Centro por não mencionar a Universidade de Coimbra (UC) no programa 20/30 e afirmou que “há linhas vermelhas” que não podem ser ultrapassadas.

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“É importante que eu não volte a olhar para um relatório proveniente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR) do Centro, que desenha a estratégia [da região] para 20/30, que são dez anos”, e “a Universidade [de Coimbra] não esteja mencionada uma única vez”, disse o reitor, que falava hoje, na Faculdade de Economia da UC, na sessão da apresentação da Plataforma para o Desenvolvimento da Região de Coimbra.

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O documento “Visão estratégica para a Região Centro 2030″, elaborado pela CCDR do Centro, começou a ser preparado há cerca de um ano, para definir estratégias e a aplicação de fundos comunitários no período compreendido entre 2021 e 2027, mas, depois da pandemia de covid-19, foi ajustado à nova situação e a um novo espaço temporal e em função de apoios a disponibilizar pela União Europeia para fazer face à crise.

“Acho que é muito gravoso”, o relatório não fazer qualquer referência à UC, sublinhou Amílcar Falcão, questionando “onde está o património, a inovação, a saúde, a segurança, a gestão”, entre outras áreas.

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“Enfim, poderia estar aqui a falar sobre várias coisas da Universidade”, acrescentou, perguntando ainda “onde está a entidade que tem mais patentes em 2019” ou que tem “mais financiamento competitivo do [programa] Horizonte Europa 2020”, exemplificou ainda.

“Não aparecer no relatório para 2030 é algo francamente mau”, sublinhou.

O reitor da UC já “alertou a CCDR do Centro para a situação”, adiantou, sustentando que “não é admissível sequer” que tal tenha acontecido. “E há linhas vermelhas que não podem ser ultrapassadas”, realçou.

Amílcar Falcão disse ainda ser “uma pessoa relativamente calma” e que “evita confrontos diretos”, mas insistiu que “há linhas vermelhas que não podem de facto ser ultrapassadas”.

Na sessão também participaram o presidente e o secretário-geral da Comunidade Intermunicipal (CIM) da Região de Coimbra, José Carlos Alexandrino e Jorge Brito, respetivamente, o diretor para a Inovação do Instituto Pedro Nunes (IPN), Carlos Cerqueira, e o diretor da Faculdade de Economia da UC, Álvaro Garrido, entre outros responsáveis.

Dirigindo-se a Jorge Brito, que é o único candidato à vice-presidência da CCDR do Centro, o reitor disse esperar que ele seja eleito, manifestando, assim, um “quase desejo por antecipação”.

A atual presidente da Comissão, Isabel Damasceno, é a única candidata ao mesmo cargo, nas eleições agendadas para 13 de outubro (o outro vice-presidente será indicado pelo Governo).

A Plataforma para o Desenvolvimento da Região de Coimbra, que foi hoje apresentada, está a avaliar os efeitos da pandemia nos 19 concelhos que integram a CIM da Região de Coimbra.

Projeto conjunto da UC, através do Centro de Investigação em Economia e Gestão da Faculdade de Economia, da CIM da Região de Coimbra e do Instituto Pedro Nunes (IPN), no contexto da pandemia de covid-19, a Coimbra 2030 visa, como foi sublinhado apoiar o desenvolvimento económico e social da região.

A recolha de dados para avaliação dos efeitos da pandemia na região de Coimbra foi feita por um grupo de 14 estudantes, de sete cursos diferentes e de três nacionalidades, inseridos num curso de verão, no âmbito da Plataforma, projeto que é coordenada pelos docentes da Faculdade de Economia de Coimbra Margarida Mano e Luís Moura Ramos.

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