Região de Coimbra propõe plano com 32 medidas para apoio às vítimas dos incêndios

Notícias de Coimbra | 7 anos atrás em 24-10-2017

Reunido em Oliveira do Hospital, o Conselho Intermunicipal da Comunidade Intermunicipal da Região de Coimbra  (CIM RC) aprovou por unanimidade uma tomada de posição, composta por 32 medidas de apoio às vítimas dos incêndios de 15 e 16 de Outubro.

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CI CIM RC EXTRA O. HOSPITAL

O Conselho Intermunicipal da CIM RC decidiu, ainda, solicitar ao Primeiro Ministro, uma reunião de trabalho com vista à apresentação das medidas atrás referidas, dando conhecimento da tomada de posição hoje aprovada ao Presidente da República e ao Presidente da Associação Nacional de Municípios Portugueses.

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Face à Calamidade Pública causada pelos Incêndios de 15 e 16 de outubro de 2017, o plano proposto pela CIM Região de Coimbra tem como prioridades a recuperação das habitações, empresa e apoio à reflorestação.

A Região de Coimbra considera urgente a intervenção ao nível da prevenção da erosão, corte e escoamento da madeira ardida.

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Em síntese, o documento propõe várias medidas de apoio ao emprego e aos rendimentos dos trabalhadores de empresas abrangidas por medida de redução temporária do período normal de trabalho ou suspensão de contratos de trabalho.

Na área da saúde, é proposta a valorização das soluções de proximidade, incluindo programas de apoio psicológico, reforço das equipas comunitárias e programas de promoção de saúde pública para controlo da eventual contaminação das águas e dos solos.

É também preocupação da CIM RC o apoio às organizações e instituições sociais que empreendam ações de solidariedade dirigidas aos territórios e populações afetadas pelos incêndios e reforçar as respetivas estruturas técnicas.

A criação de um regime excecional e temporário de isenção total do pagamento de contribuições à segurança social, durante um determinado período, para as empresas e trabalhadores independentes, cuja atividade tenha sido diretamente afetada pelos incêndios, é outra das medidas defendidas pela CIM RC.

No âmbito dos apoios comunitários, a CIM RC defende a reabilitação da imagem turística das áreas afetadas pelos incêndios, além da redefinição da estratégia da região para o sector do turismo e o lançamento de projetos de desenvolvimento turístico.

O apoio à reparação e reposição das condições de segurança rodoviária das estradas nacionais e municipais atingidas, bem como das infraestruturas e equipamentos municipais de suporte às populações estão previstos no documento.

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O restabelecimento do funcionamento do aterro sanitário do Planalto Beirão (que abrange os municípios de Mortágua, Oliveira do Hospital e Tábua), a implementação das medidas constantes nos Planos de Adaptação às Alterações Climáticas e Planos de Gestão de Riscos, o apoio ao restabelecimento das condições e equipamentos dos agentes de proteção civil e de prevenção e gestão de riscos são outras das medidas preconizadas pela instituição dirigida por João Ataíde.

Reabilitação de linhas de água, reposição da galeria ripícola autóctone, reposição de açudes, plano de reflorestação e reordenamento florestal, no qual os municípios sejam parte ativa, nomeadamente no seu licenciamento e fiscalização, fazem parte do plano hoje aprovado e que defende o corte da madeira ardida, que se perspetiva de imediato, com a coordenação e fiscalização dos municípios.

Captação de investimento produtivo e fixação da população são outras das preocupações da CIM Região de Coimbra que está determinada no apoio à pastorícia, reabilitação física das aldeias e vilas dos territórios rurais atingidos. A CIM Região de Coimbra considera que as alterações estruturais necessárias ao reordenamento da floresta, da reflorestação, da prevenção de incêndios e do sistema de proteção civil deverão ter nos municípios e comunidades intermunicipais agentes ativos nessas reformas.

No documento, a CIM Região de Coimbra expressa o mais profundo pesar e apresenta as mais sinceras condolências aos familiares e amigos das 44 vítimas mortais, 24 das quais na nossa Região. Manifesta também total solidariedade e apoio a todos os feridos e aos que perderam as suas habitações, os seus bens, as suas empresas, as suas atividades económicas, o seu sustento e modo de vida nesta calamidade que devastou grande parte da nossa Região.

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