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Rede de Aldeias de Calcário vai nascer nas Terras de Sicó no projeto de paisagem protegida

Notícias de Coimbra | 4 anos atrás em 26-06-2020

A Terras de Sicó apresentou hoje publicamente em Pombal o projeto “A dimensão cultural de uma paisagem protegida de âmbito regional”, que propõe a classificação do Maciço de Sicó como paisagem protegida de âmbito regional e a criação de uma rede de aldeias de calcário.

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A sessão visou divulgar o projeto, esclarecer dúvidas e recolher contributos da comunidade, fazendo uso do seu conhecimento sobre o território e sensibilizando-a para necessidade de preservação e valorização deste património, que reúne os municípios de Condeixa-a-Nova, Penela, Ansião, Pombal, Alvaiázere e Soure, dos distritos de Coimbra e Leiria

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Na apresentação foi ainda discutida a delimitação proposta para o território abrangido, os fundamentos para a delimitação e o regulamento de gestão previsto.

Em declarações à agência Lusa, o presidente da Terras de Sicó disse que a preservação da paisagem se insere numa “estratégia de desenvolvimento local. A paisagem por si é certamente a questão da valorização do património ambiental paisagístico e da preservação da biodiversidade, que é um elemento diferenciador do território”, sublinhou Luís Matias, que preside também ao município de Penela, no distrito de Coimbra.

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A serra de Sicó tem presente “um conjunto de fragilidades e de características que mereciam ter esta classificação para que os municípios, de uma forma integrada, a possam preservar, conservar e valorizar, de forma sustentável”.

“Alguma parte [do maciço] já fazia parte da Rede Natura, outra não, mas agora o que ficamos é com uma ferramenta que nos permite gerir de forma integrada e coordenada entre os vários municípios tudo o que tem a ver com o nosso tecido calcário”, frisou Luís Matias.

Inserido nesta estratégia, a associação Terras de Sicó vai apresentar nas próximas semanas o projeto para a criação da rede de aldeias de calcário, que numa primeira fase envolve seis localidades, uma por cada concelho.

Segundo Luís Matias, estão já definidos os “roteiros, recursos naturais, ambientais e culturais de cada uma, e um programa de atividades” para cada uma das aldeias, que foram selecionados de entre um conjunto inicial de 12 localidades.

A autarca adiantou que a escolha foi efetuada com base nas características de cada uma das aldeias, valorizando “basicamente aquelas que melhor tinham preservado a sua identidade cultural e os edifícios e dentro daquilo que era a sua dinâmica sociocultural e algumas características naturais”.

“Mais importante do que isso, já está a ser feito, para cada uma das aldeias, uma área de reabilitação urbana comum a todos os municípios, que são os pontos de recuperação edificada e de preservação dos espaços público-privado no seio dessas aldeias”, acrescentou.

Segundo o presidente da Terras de Sicó, o projeto de reabilitação urbana está a ser elaborado com meios próprios da associação e de cada um dos municípios associados.

No entanto, Luís Matias considera que o projeto da criação das aldeias de calcário tem “todas as condições para poder também beneficiar dos programas de investimento e incentivo que possam existir para a defender, portanto, de estratégia de existência coletiva, como se está a ter”.

“A nossa ideia agora é fazer também a progressão e a valorização destas aldeias em conjunto, no sentido de captar investidores que possam perceber exatamente a oportunidade que é investir no setor cultural ou turístico ou de valorização dos produtos em cada uma destas aldeias”, sublinhou.

A estratégia de desenvolvimento do maciço de Sicó envolve também a criação de mercados de produtos agroalimentares e de gado, no âmbito de candidaturas já aprovadas ao Programa de Desenvolvimento Rural 2020 e são reconhecidos os benefícios das áreas protegidas para a prossecução dos objetivos de desenvolvimento sustentável previstos na Agenda 2030, Organização das Nações Unidas.

O território Terras de Sicó engloba a totalidade da área dos municípios de Alvaiázere, Ansião e Pombal, no distrito de Leiria, e Condeixa-a-Nova, Penela e Soure, no distrito de Coimbra, em torno do maciço da Serra de Sicó, com uma área aproximada de 1.500 quilómetros quadrados.

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