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Quinta do Regalo classificada como de “interesse público”

Notícias de Coimbra | 7 anos atrás em 13-07-2017

Cinco edifícios foram classificados como de “interesse público”, assim como o sítio arqueológico de Castro do Castroeiro, em Mondim de Basto, Vila Real, foi hoje publicado no Diário da República.

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quinta do regalo

De “interesse público” foi também declarado o solar, jardins, capela, telheiro, fonte e tanque, da Quinta do Regalo, na Geria, na União das Freguesias de Antuzede e Vil de Matos, no concelho de Coimbra. A fundação desta quinta remonta ao século XVI e pertenceu à família Coutinho, que foi capitã-donatária da Bahia, no Brasil.

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A Direção-Geral do Património Cultural (DGPC) publica seis despachos que classificam diferentes edifícios como de “interesse público”, entre eles, o Convento e Igreja de N.S. da Penha de França, em Lisboa.

Na capital, obteve igual classificação o edifício da Sociedade Nacional de Belas-Artes (SNBA), “incluindo o património móvel integrado”, que confina com as ruas Barata Salgueiro, Castilho e Mouzinho da Silveira, na atual freguesia de Santo António. Outros imóveis classificados situam-se em Cascais, Sintra, Torres Vedras e Coimbra.

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O despacho de classificação do antigo Convento de N. S. da Penha de França, inclui “o património integrado”.

O convento que pertenceu à Ordem dos Eremitas de Santo Agostinho tem origem em 1597, como ermida para Nossa Senhora no cumprimento de um voto de António Simões efetuado na batalha de Alcácer-Quibir, em 1578. O convento entretanto erguido foi destruído pelo terramoto de 1755 e começou a ser reconstruído dois anos depois e, em 1834, no âmbito da lei de expulsão das ordens religiosas, passou a fazer parte dos imóveis do Estado.

A igreja manteve sempre serviço religioso e é sede da Irmandade de N.S. da Penha e de S. João Batista. Em algumas dependências conventuais funciona, atualmente, a direção nacional da PSP.

O convento possui um claustro de dois andares, retangular, e segundo o portal da DGPC, no interior da igreja “sobressai a riqueza de mármores policromos, em tons de azul, branco, verde e rosa”, destacando-se uma pintura atribuível a Pedro Alexandrino de Carvalho ou a Vieira Portuense, assim como “os altares laterais de talha dourada, com telas marianas atribuídas a Diogo Magira”.

O edifício da SNBA, também em Lisboa, “é um exemplo do ecletismo arquitetónico preconizado por grande parte dos arquitetos da época e neste caso particular por Álvaro Machado, seu autor, foi construído no início do século XX com uma estrutura mista de ferro, madeira e alvenaria de pedra”, lê-se no portal da SNBA.

O texto assinado pelos arquitetos Nuno Magalhães e David Dionísio afirma que “o edifício é testemunho de uma técnica construtiva que acusa a influência que a arquitetura dos engenheiros, muito divulgada nos finais do século XIX, teve em alguns dos arquitetos portugueses”.

Nos arredores da capital foram também classificados como de “interesse público” a Igreja de N.S. da Assunção, em Cascais, e o Solar da Quinta Velha do Hespanhol, “incluindo o património móvel integrado”, localizada em Carreiras, na União das Freguesias de Dois Portos e Runa, no concelho de Torres Vedras.

A Igreja Matriz de Cascais, cuja origem remonta a 1572, teve sucessivas remodelações, e na sua cobertura em abóbada de berço destaca-se, ao centro, uma pintura com a “Assunção de Nossa Senhora”, de José Malhoa, do início do século XX.

O fundador do Solar da Quinta Velha do Hespanhol, em Torres Vedras, terá sido o italiano Filippo Pallastrelli, pai de Bartolomeu Perestrelo, que capitaneou a expedição que descobriu a ilha de Porto Santo, da qual foi o primeiro capitão donatário.

Segundo a DGPC, no interior do solar “destacam-se os azulejos azuis e brancos desenhados por Leopoldo Luigi Batistini”, além da talha dourada e alfaias litúrgicas da capela.

Na área da azulejaria, há silhares que replicam a decoração do salão do Paço da Vila, em Sintra, bem como produção da Fábrica de Sant’Ana.

O Castro do Castroeiro, em Castroeiro/Campos, em São Cristóvão de Mondim de Basto, no distrito de Vila Real, foi também classificado como de “interesse público”.

Segundo informação da DGPC, este povoado, construído durante a Idade do Ferro (1.200 a 550 antes de Cristo), “dispunha de um complexo sistema de fortificação constituído por duas cintas de muralha com paramento duplo revestido com blocos graníticos”, e localiza-se na falda do Monte Farinha, a cerca de 500 metros do Santuário de N.S. da Graça.

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