Coimbra

Quercus exige avaliação de impacte ambiental em explorações de caulino em Coimbra

Notícias de Coimbra | 10 anos atrás em 19-02-2014

A associação ambientalista Quercus exigiu hoje a realização de uma Avaliação de Impacte Ambiental (AIA) em toda a extensão das concessões de exploração de caulino requeridas para o distrito de Coimbra.

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Em comunicado, a Quercus afirma que a realização da AIA “deverá ser uma condição para uma eventual exploração” como a que foi requerida pelos promotores à Direção Geral da Energia e Geologia (DGEG), em áreas que abrangem os concelhos da Figueira da Foz, Mira e Cantanhede.

No texto, a Quercus explica que o caulino “é uma das ocorrências minerais que se pode enquadrar na definição de depósito mineral, embora não se caracterize pela sua raridade em Portugal”, defendendo ainda a necessidade de ser esclarecido tecnicamente “qual o teor de caulino e avaliar as reservas existentes”.

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“Interessa fazer prova do seu valor económico para que a ocorrência possa ser efetivamente qualificada de depósito mineral, em face da sua raridade e alto valor específico”, refere a Quercus, adiantando que a eventual exploração decorrerá em terrenos situados em Reserva Agrícola e Reserva Ecológica Nacional e terá incidência ao nível da degradação das vias rodoviárias, perda de terrenos agrícolas e impactes sobre o ambiente e ecologia.

“Estas zonas têm um valor intrínseco que deve ser valorizado, não podendo ser alienadas da função que lhes é reconhecida sem uma reflexão profunda sobre custos e benefícios”, sustenta.

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A Quercus frisa ainda que “até ao momento” a Direção Geral da Energia e Geologia “não apresentou dados concretos sobre as razões para esta concessão, nem sequer do ponto de vista económico”.

Por outro lado, a associação ambientalista defende a importância da DGEG garantir que uma eventual exploração de caulino que venha a ser autorizada “não será, em caso algum, extensível a areias ou outros recursos” e que a “promessa” de cumprimento de recuperação paisagística com reposição dos inertes extraídos seja consagrada na Avaliação de Impacte Ambiental.

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