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Saúde

Queixas meses após infeção por covid-19 preocupam médicos

Notícias de Coimbra | 3 anos atrás em 19-02-2021

Preocupados com os problemas de saúde que surgem após a infeção por covid-19, médicos alertam para a necessidade de avaliação médica precoce e acompanhamento das pessoas que estiveram infetadas e que já estão sem risco de contágio.

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“Ao longo destes meses torna-se cada vez mais evidente que os doentes que recuperam da covid-19 tendem a precisar de cuidados de saúde”, quem o diz é António Chieira, especialista em Medicina Geral e Familiar no Hospital CUF Coimbra, que alerta: “após a covid-19 podem manter-se sintomas da própria infeção prolongados por semanas a meses, requerendo uma avaliação abrangente e centrada no doente como um todo”. 

“Quer haja ou não sintomas, é sempre importante realizar uma avaliação médica para despiste de sequelas da infeção e avaliar se houve agravamento de eventuais doenças prévias, evitando-se assim complicações de maior severidade”, aconselha o médico da CUF.

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“Estima-se que mais de 50% dos indivíduos após a infeção possam manter algum tipo de queixa, sendo os sintomas mais comuns cansaço, dor crónica, dores musculares e falta de ar. Nalgumas situações estes sintomas podem apresentar-se de forma intensa ao ponto de gerar incapacidade, impactar a qualidade de vida e a reinserção social e profissional”, expõe Michele De Santis, Pneumologista no Hospital CUF Coimbra.  

Atendendo a esta necessidade de avaliação e acompanhamento, a CUF acaba de disponibilizar, em várias unidades de norte a sul do país, a Consulta Pós covid-19 – entre as quais o Hospital CUF Coimbra. O objetivo desta consulta, que pode ser feita presencialmente ou por teleconsulta, é identificar, de forma precoce, se estão presentes sequelas que podem ser alvo de reabilitação para conseguir uma recuperação total, qualquer que tenha sido a intensidade da doença apresentada inicialmente.

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António Chieira recomenda que a avaliação médica “ocorra cerca de 8 semanas após o início da infeção, ou antes deste período caso exista limitação importante das atividades da vida diária, para ser instituída terapêutica ou reabilitação precoce. Esta avaliação pode incluir a realização de exames de diagnóstico considerados importantes para completo esclarecimento e, em caso de necessidade, o doente será referenciado de forma adequada e célere para outras especialidades como pneumologia, cardiologia, otorrinolaringologia, psiquiatria e ou de neurologia”. 

Em jeito de manifesto pela necessidade de avaliar precocemente as pessoas que já tiveram COVID-19, Michele De Santis, a quem já vários doentes foram referenciados na sequência da Consulta Pós COVID-19 da CUF, considera importante: “não adiar a procura de resposta clínica, não só nos casos em que não haja uma recuperação total, como também nos casos em que não existam sintomas aparentes após a infeção”.  

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