Carteira

Quantos anos são necessários para comprar uma casa em cada município de Coimbra? A resposta é surpreendente!

Notícias de Coimbra | 5 anos atrás em 18-04-2019

Numa altura em que o mercado do crédito habitação e o setor imobiliário estão muito dinâmicos, a plataforma ComparaJá.pt analisou os custos de comprar casa nos diferentes municípios de Coimbra no sentido de apurar, de acordo com os rendimentos e preço por m2 médios, quão difícil é concretizar o sonho de ter habitação própria para as famílias da região.

PUBLICIDADE

Para tal, este portal gratuito que permite simular produtos bancários e pacotes de telecomunicações procurou dar resposta às seguintes questões:

PUBLICIDADE

publicidade

Tendo em consideração uma taxa de esforço mensal de 33%, qual o prazo mínimo de um crédito à habitação para a aquisição de uma casa com 120 m² em cada localidade?

Tendo em conta um prazo de reembolso de 40 anos, qual o valor máximo de crédito à habitação (logo, o nº máximo de m² que a casa poderá ter) acessível a cada família?

PUBLICIDADE

Através do estudo é possível perceber a necessidade de se fazer uma análise criteriosa à capacidade financeira na hora de se solicitar um empréstimo.

“Sendo os valores ilustrativos, é fundamental que cada família faça individualmente o cálculo da sua taxa de esforço específica pois, seja através do prazo ou do valor, é possível ajustar o pedido de crédito à habitação por forma a não se pressionar a taxa de esforço acima do recomendável e, consequentemente, evitar-se o sobreendividamento”, explica o CEO do ComparaJá.pt, José Figueiredo.

A taxa de esforço corresponde à percentagem do rendimento familiar destinada ao pagamento das prestações dos créditos, sendo calculada de acordo com a fórmula: (Encargos financeiros mensais / Rendimento) x 100. Idealmente, esta taxa não deverá ser superior a 33%, ou seja, um terço do rendimento total do agregado familiar.

Este responsável acrescenta que “Ainda no que toca ao crédito habitação, os consumidores deverão igualmente procurar simular condições ajustadas ao seu caso específico de acordo com o seu perfil e necessidades.”

Na análise do ComparaJá.pt foi também considerado um aspeto por vezes negligenciado pelos consumidores no momento de comprar casa: a poupança prévia necessária para fazer face ao valor da entrada inicial, montante que geralmente corresponde a 20% do valor de aquisição do imóvel.

As conclusões desta plataforma apontam para elevadas assimetrias na região.

Escolher o município “certo” para viver significa trabalhar metade dos anos pagar o crédito habitação.

Na tabela abaixo estão resumidos os dados recolhidos pelo ComparaJá.pt para o distrito de Coimbra, os quais demonstram que em Pampilhosa da Serra ou Vila Nova de Poiares, derivado de um preço por m2 muito competitivo, a compra de casa é mais acessível: em menos de 20 anos é possível concretizar o objetivo de ter habitação própria.

Estes números contrastam com Coimbra, por exemplo, onde devido ao elevado preço dos imóveis, comprar uma casa com 120m2 demora mais de 46 anos, mais do dobro do que nos municípios anteriormente destacados.

Em média, em Coimbra é possível adquirir uma casa com 179m2 solicitando um crédito a 40 anos e poupando durante 6 anos para a entrada inicial

Caso o exercício seja feito tendo em conta um prazo de reembolso de 40 anos de forma a apurar o valor máximo de crédito à habitação, logo, o número máximo de m² que a casa poderá ter de acordo com os rendimentos de cada família nos diferentes municípios, é possível perceber que em Pampilhosa da Serra o imóvel teria 233m2 enquanto em Mira teria apenas 139m2. Em Coimbra o cenário é ligeiramente pior: a casa ficar-se-ia pelos 120m2.

Conforme a análise do portal ComparaJá.pt, em média, no distrito de Coimbra é possível adquirir uma casa com 179m2 solicitando um crédito a 40 anos e poupando durante 6 anos para a entrada inicial (equivalente a 20% do valor do imóvel).

“Face aos dados recolhidos, pode-se afirmar que pelas assimetrias que se fazem sentir atualmente em várias regiões no nosso país, neste momento optar por viver e trabalhar num município contíguo pode significar menos vários anos de trabalho para adquirir uma habitação de maiores dimensões. Definitivamente, comprar casa em algumas zonas de Portugal está a tornar-se numa tarefa extremamente difícil e fora do alcance das famílias com menos rendimentos”, alerta o CEO do ComparaJá.pt, José Figueiredo.

O especialista desta plataforma independente sublinha que “Com base nas perspetivas exploradas na análise, seja pelo ajuste do valor do empréstimo ou do prazo do mesmo, os portugueses podem perceber como adequar o pedido de crédito à habitação às suas reais possibilidades financeiras por forma a não pressionarem a sua taxa de esforço acima do limite recomendável – cerca de um terço do rendimento mensal do agregado – e, consequentemente, evitar o incumprimento para com o banco”.

“À semelhança do que devem fazer relativamente às opções de financiamento – comparando propostas de crédito à habitação de todo o mercado e não apenas do seu banco -, antes de tomar qualquer decisão, os consumidores têm de se informar em detalhe sobre as localizações mais competitivas para comprar casa, complementando as propostas apresentadas pelas agências imobiliárias com pesquisas nos vários portais online dedicados a este setor”, salienta José Figueiredo.

O responsável do ComparaJá.pt conclui dizendo que “Para evitar ter de alocar uma grande parte dos seus rendimentos mensais ao pagamento da casa durante mais uma década ou mais do que seria efetivamente possível, as famílias portuguesas têm obrigatoriamente de aliar a correta escolha da zona mais competitiva em termos de preço por m2 a uma boa negociação das condições do seu empréstimo”.

Related Images:

PUBLICIDADE

publicidade

PUBLICIDADE