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Política

PSD quer mais câmaras e mais eleitos, com disputa interna no horizonte

Notícias de Coimbra com Lusa | 3 anos atrás em 10-09-2021

O PSD traçou como meta para as autárquicas reduzir a distância para o PS e aumentar o número de câmaras, eleitos e percentagem em relação a 2017, quando o pior resultado de sempre ditou a saída de Passos Coelho.

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No Fórum Nacional Autárquico do PSD, no final de agosto, o secretário-geral e coordenador autárquico, José Silvano, disse que a meta é “inverter o ciclo” de descida das duas últimas eleições autárquicas: “Quando dizem que não temos objetivos definidos acabo de o anunciar: mais presidentes de câmara, mais eleitos locais e mais percentagem do que em 2017”, definiu.

Há quatro anos, o PSD teve o seu pior resultado autárquico de sempre: os sociais-democratas perderam oito câmaras em relação a 2013 e conquistaram 98 presidências (79 sozinhos e 19 em coligação), cerca de 13.500 eleitos locais, embora sem grandes variações em termos de votos e percentagens, tendo o partido, sozinho, alcançado 16,08% dos votos (contra os 16,7% de 2013).

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Em 2017, Pedro Passos Coelho anunciou dois dias depois das eleições, em 03 de outubro, que não se recandidataria às eleições diretas seguintes, que se realizaram em janeiro de 2018 e elegeram Rui Rio como líder do PSD, depois de derrotar Pedro Santana Lopes.

Se o calendário normal for cumprido, os sociais-democratas voltarão a ter eleições diretas em janeiro do próximo ano.

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Até agora, Rio ainda não disse se se recandidata a um terceiro mandato – remetendo essa análise para o pós-autárquicas – e nenhum outro social-democrata se anunciou como candidato.

No entanto, nas últimas semanas o eurodeputado Paulo Rangel tem cumprido uma intensa agenda de apoio aos candidatos autárquicos pelo país e, numa recente entrevista televisiva, deixou a porta aberta a uma nova candidatura à liderança do PSD (concorreu contra Passos em 2010 e ponderou em 2017, mas acabou por não avançar “por razões de ordem familiar”).

“Não tenho planos, mas sonhos sempre tive, não digo desta água não beberei um dia”, afirmou, no programa da SIC Alta Definição, em que falou pela primeira vez publicamente sobre a sua homossexualidade.

Rui Rio, que já iniciou uma volta de pré-campanha pelo país em 25 de agosto, tem sido desafiado a clarificar qual o resultado que considera suficiente para se recandidatar à liderança, repetindo metas como “subir bastante” ou “encurtar a distância para o PS” (que lidera 161 municípios), sem pedir a vitória do PSD devido ao fosso que separa os dois partidos a nível local.

Nos últimos dias, o líder social-democrata apontou às autárquicas de 2025 – em que “mais de 70” dos atuais presidentes de câmara do PS não poderão recandidatar-se devido à limitação de mandatos -, defendendo que uma subida da votação agora seria um impulso para daqui a quatro anos.

De forma mais clara, o líder do PSD já admitiu que, se o partido tiver um resultado inferior ao de 2017, “será um encontrão para cair”.

Nesta fase de pré-campanha, Rio tem visitado sobretudo municípios de pequena e média dimensão, onde a coordenação autárquica entende que um “empurrão” da presença do líder pode ser decisivo para a vitória, devendo guardar para a última semana os maiores municípios.

Nas autárquicas, o PSD concorre sozinho a 153 municípios, integra 146 coligações (lidera 142 e as outras quatro são encabeçadas pelo CDS-PP), e nos restantes nove concelhos do país apoia listas de cidadãos independentes (a maioria nos Açores e na Madeira).

Na grelha de análise no pós-autárquicas, existirão alguns concelhos a que a oposição interna estará mais atenta: aqueles em que a direção impôs um candidato contra as estruturas locais, como Coimbra ou Guarda (em que os nomes escolhidos tiverem mais tarde o acordo da distrital), e Leiria, Castelo Branco, Barcelos, Castanheira de Pera, Mangualde ou Vila Nova de Paiva.

Para as contas da noite eleitoral, serão também relevantes os resultados nos dois maiores concelhos – Lisboa e Porto – ou em municípios mais mediáticos como Figueira da Foz (onde se candidata o ex-líder do PSD Pedro Santana Lopes como independente) ou Vila Nova de Gaia (em que o candidato escolhido por Rio, António Oliveira, acabou por desistir com críticas às estruturas locais).

De acordo com a coordenação autárquica, dos mais de 64.000 candidatos apresentados pelo PSD quase 27 mil são independentes, perto de 29 mil são mulheres (44.6% do total) e 14.100 têm até 30 anos.

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