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Política

PSD diz que palavra do Governo na saúde “vale muito pouco” e exige ouvir Marta Temido 

Notícias de Coimbra | 4 anos atrás em 11-12-2019

O vice-presidente da bancada do PSD Ricardo Baptista Leite escusou-se a comentar o anúncio feito hoje de reforço das verbas da saúde, justificando que “a palavra do Governo vale muito pouco” num setor com muitas “promessas não cumpridas”.

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O grupo parlamentar do PSD marcou uma declaração na Assembleia da República para criticar que a ministra da Saúde, Marta Temido, tenha desmarcado uma audição em sede de comissão parlamentar prevista para quinta-feira, alegando estar em “sessões contínuas” do Conselho de Ministros, depois de a própria ministra ter agendado a reunião para dia 12, por estar indisponível hoje.

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“O que constatamos é que a senhora ministra hoje não esteve disponível para vir ao parlamento, mas esteve disponível para fazer uma conferência de imprensa”, criticou o deputado do PSD, referindo-se ao Conselho de Ministros.

Baptista Leite apelou ainda ao primeiro-ministro, António Costa, para que “liberte por umas horas” a ministra da Saúde na quinta-feira à noite, de modo a que Marta Temido possa prestar esclarecimentos sobre o que classificou de “maior crise de sempre do Serviço Nacional de Saúde (SNS)”.

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“A senhora ministra está em fuga, foge das suas responsabilidades”, acusou.

Questionado sobre o anúncio feito hoje precisamente por Marta Temido de que haverá um reforço do Programa Operacional da Saúde em 800 milhões de euros, que vão estar já contemplados no Orçamento do Estado para 2020, Baptista Leite disse que o PSD prefere aguardar pelo documento.

“Não teríamos tempo para olhar para a lista de promessas passadas não cumpridas pelo PS e pelo Governo na saúde. O PSD, como partido responsável, não irá comentar processos de intenção, promessas ou atos de propaganda deste Governo, aguardamos pela vinda do Orçamento”, afirmou.

Perante a insistência dos jornalistas, o deputado apontou em concreto a “promessa não cumprida” de que todos os portugueses iriam ter médico de família em 2019, dizendo existirem mais de 700 mil cidadãos sem esta valência.

“A palavra deste Governo vale muito pouco, vamos aguardar pelo documento oficial do Orçamento do Estado”, afirmou.

De acordo com o deputado do PSD, a ministra da Saúde adiou a audição – obrigatória pelo regimento – para durante ou depois do período de discussão orçamental.

“Isso não nos parece aceitável, há matérias urgentes que carecem de resposta, tem até ao final da semana para vir ao parlamento”, exigiu.

Pouco antes, no programa da TSF “Almoços Grátis”, o vice-presidente do PSD David Justino tinha saudado o anúncio de reforço de verbas e de profissionais feito pelo Governo.

“Se andamos a dizer que faltava dinheiro para o SNS, não é agora quando há perspetiva de reforço de verbas, que vamos dizer o contrário”, afirmou David Justino.

O ‘vice’ social-democrata disse até ter ficado “entusiasmado” por considerar que o que foi apresentado coincide “em alguns pontos” com o que o PSD defendia no seu programa eleitoral para a reforma da saúde.

“Agora, vai-se ver como se coloca o problema de gestão”, afirmou, avisando que a ministra da Saúde fica “sem desculpas” daqui para a frente.

Para Justino, “se há dinheiro para investimentos e meios humanos e continuarem as dificuldades” o problema na saúde será “muito mais político e de qualidade das políticas públicas”.

“Vamos estar expectantes, cá estaremos para dar os parabéns ou fazer as críticas necessárias”, afirmou.

No Conselho de Ministros de hoje, além do reforço de verbas, foi também anunciado um reforço de até 8.400 profissionais de saúde, em 2020 e 2021, distribuídos por todos os grupos profissionais.

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