Coimbra

PSD de Coimbra exige ao Governo estratégia clara para o Hospital dos Covões

Notícias de Coimbra | 4 anos atrás em 15-06-2020

O PSD de Coimbra exigiu hoje ao Governo uma estratégia clara para o Hospital dos Covões, criticando “uma certa esquizofrenia política que joga tudo numa fuga de responsabilidades” sobre o futuro da unidade hospitalar.

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Em comunicado enviado à agência Lusa, a secção do PSD de Coimbra lembra que o Hospital dos Covões assumiu, na atual pandemia de Covid-19 “um papel de elevada responsabilidade”, ao ser transformada na unidade hospitalar de referência da região para casos do novo coronavirús, levando os social-democratas a considerar que, face à indefinição quanto ao futuro, para o PS “é indiferente” que o hospital “passe da linha da frente para o fim da linha”.

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“Para o PSD de Coimbra, quer no que toca ao Hospital dos Covões, mas também no que se refere a outras questões relevantes para o desenvolvimento de Coimbra, há que fugir a uma certa esquizofrenia política que joga tudo numa fuga de responsabilidades e, de uma vez por todas tomar as rédeas do futuro de um Hospital que sempre foi uma referência de Coimbra com projeção regional, nacional e internacional”, refere a nota de imprensa.

O Hospital Geral, conhecido por Hospital dos Covões, integra o Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC) do qual fazem parte, além dos Hospitais da Universidade de Coimbra (HUC), o Hospital Pediátrico e as duas maternidades de Coimbra, no âmbito do processo de agregação de diversos estabelecimentos de saúde.

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“A falta de estratégia para o Hospital dos Covões tem vindo a deteriorar a imagem conseguida ao longo de tantos anos de trabalho e empenhamento dos seus trabalhadores, médicos, enfermeiros, auxiliares e demais colaboradores. A falta de liderança e a continuada desvalorização dos serviços deste Hospital Central tem criado condições para o encerramento de serviços e valências, prejudicando os cuidados de saúde do concelho e da região e, ao mesmo tempo, contribuindo para uma concentração impossível de gerir, no CHUC “, argumenta o PSD.

A concelhia `laranja´ enfatiza que o atual quadro do hospital dos Covões “ofende a todos os títulos o legado de Bissaya Barreto” e estranha que “antes de ser feito e conhecido qualquer tipo de avaliação do modelo de concentração dos CHUC, desenhado e implementado pelo governo socialista liderado por José Sócrates, em 2010, se parta para, autoritariamente, o encerramento de serviços tão essenciais e relevantes para as pessoas e doentes”, num alusão à anunciada intenção de passar de médico-cirúrgica para básica o serviço de urgência daquele hospital.

“Ficou claro para o PSD que a relevância de Coimbra no campo da Saúde fica altamente prejudicada pela falta de ambição, pela incapacidade de definição estratégica e de execução”, acrescenta.

Na nota, o PSD apela ao apoio de “todas as forças vivas da cidade e da capacidade de envolvimento de toda a região, ultrapassando a lógica das capelinhas e de protagonismos bacocos e sem sentido”.

No texto, os social-democratas afirmam ainda estranhar que “sendo o Partido Socialista governo, a ministra da Saúde ter sido cabeça de lista pelo circulo de Coimbra, a Câmara Municipal ser liderada pelo mesmo partido e pelo líder da ANMP [Associação Nacional dos Municípios Portugueses], a diretora da Administração Regional da Saúde ser uma socialista e ex-Vice-Presidente da Câmara de Coimbra e a administração dos CHUC ser liderada por um socialista, se esteja a assistir a esta cena caricata de discussão caseira e que se deixe de lado o essencial: ganhar o desafio do futuro”.

“Para o PSD exige-se ação e uma clara definição estratégica para os Covões, sendo urgente a requalificação dos HUC e a construção da nova Maternidade. Já chega de comissões e estudos. Exige-se decisões e capacidade de execução”, enfatiza.

A nota de imprensa hoje divulgada surge na sequência de um debate sobre o futuro do Hospital dos Covões, que reuniu, entre outros, Martins Nunes, médico, ex-administrador do CHUC e ex-secretário de Estado da Saúde, Carlos Costa Almeida, médico, professor da Faculdade de Medicina e ex-diretor de serviço do Hospital Geral, Nuno Freitas, médico e líder da Bancada do PSD na Assembleia Municipal de Coimbra e Carlos Lopes, presidente da secção do PSD de Coimbra.

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