Política

PS deixa cair acordo sobre sentenças na estratégia anticorrupção e PSD saúda

Notícias de Coimbra com Lusa | 2 anos atrás em 02-11-2021

O PS anunciou hoje ter elaborado um texto de substituição sobre a estratégia anticorrupção do Governo, no qual deixa cair os acordos sobre sentenças em nome do consenso, com o PSD a saudar a decisão.

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O tema do combate à corrupção foi trazido ao plenário da Assembleia da República numa declaração política da deputada do PSD Mónica Quintela, com o PS a anunciar já ter requerido o agendamento urgente deste pacote legislativo, em discussão na especialidade numa altura em que o parlamento deverá ter poucas semanas de trabalho antes de ser dissolvido.

“Elaborámos um texto de substituição, que pretendemos que reúna um consenso o mais amplo possível. Neste texto, que estamos disponíveis a partilhar com os restantes grupos parlamentares, mantemos uma proposta do programa do PS de 2019 de criação de uma pena acessória que impedirá políticos condenados por corrupção de serem eleitos ou nomeados para funções públicas por um período de dez anos”, anunciou a deputada Cláudia Santos.

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A deputada socialista adiantou que, em nome do consenso, a sua bancada estará disponível para “prescindir de soluções que causaram mais polémica”, como os acordos sobre sentenças.

“E estamos disponíveis para acolher sugestões do PSD, nomeadamente sobre o estatuto processual de pessoas coletivas, que nos parecem muito pertinentes”, afirmou.

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Cláudia Santos desafiou o PSD a dizer se iria “renunciar à solução de consenso e adotar a narrativa de que nada foi feito” ou se teria disponibilidade para um trabalho conjunto.

“Fogo à peça”, desafiou Cláudia Santos, lamentando o pouco tempo de trabalho parlamentar causado pelo ‘chumbo’ do Orçamento do Estado na semana passada.

Na resposta, a deputada Mónica Quintela saudou a disponibilidade do PS para deixar cair as alterações legislativas quanto a acordos sobre sentenças, dizendo que tal seria “uma linha vermelha” para o PSD.

“Estamos a trabalhar e podemos trabalhar na reforma da justiça e neste caso da estratégia do combate à corrupção Se for possível – e queremos pontes com todos os partidos – contem connosco, arregacemos as mangas e, repetindo o que disse, fogo à peça”, afirmou.

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