PS de Coimbra diz que esteve “sempre disponível” para negociar Orçamento da Câmara
A Concelhia do PS de Coimbra afirmou hoje que o partido esteve “sempre disponível” e “aberto” para negociar o Orçamento da Câmara, que foi chumbado em Assembleia Municipal, voltando a acusar a oposição de força de bloqueio.
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“O PS está sempre disponível para negociar”, vincou a membro do secretariado da Concelhia do PS de Coimbra Isabel Cruz, que falava numa conferência de imprensa dedicada à decisão da Assembleia Municipal, na sexta-feira, de chumbar as Grandes Opções do Plano (GOP) e Orçamento para 2020 da Câmara de Coimbra.
Questionada pelos jornalistas se o PS procurou dialogar com as restantes forças políticas, Isabel Cruz afirmou que “a oposição não apresentou qualquer alternativa válida” e que os socialistas estariam dispostos a negociar, mas que ainda hoje estão “à espera de que essas propostas sejam apresentadas”.
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Segundo a membro da Concelhia do PS de Coimbra, os diferentes movimentos e partidos com assento na Assembleia Municipal de Coimbra “tiveram oportunidade de apresentar propostas”, mas não se mostraram “disponíveis para negociar”.
Isabel Cruz frisou que o “PS vai sempre procurar os instrumentos necessários – tanto políticos como administrativos – para cumprir os seus objetivos, nomeadamente o programa sufragado nas eleições [de 2017, em que os socialistas tiveram cerca de 35% dos votos]”.
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Questionada sobre que instrumentos serão esses, Isabel Cruz não concretizou, dizendo apenas que serão “os mecanismos necessários e suficientes” para que o programa do PS “possa ser colocado em prática e tentar que o cidadão não seja prejudicado pelo chumbo deste Orçamento”.
Num comunicado lido no início da conferência de imprensa, a Concelhia do PS de Coimbra voltou a sublinhar a crítica já deixada na sexta-feira pelo presidente da Câmara de Coimbra, Manuel Machado, que acusou os partidos de oposição de força de bloqueio ao desenvolvimento da cidade.
O Orçamento da Câmara de Coimbra (PS), no montante de 150,8 milhões de euros, foi rejeitado com 26 votos contra – do PSD, CDS-PP, CDU, PPM, MPT e movimentos Somos Coimbra e Cidadãos por Coimbra – e 24 a favor, 23 da bancada socialista e um da CDU, registando-se ainda uma abstenção de um autarca do PSD.
“Não me curvarei perante quem usa o expediente de pau na roda artificiosamente, com o intento de bloquear Coimbra”, disse, na altura, o presidente do município aos jornalistas, salientando que a decisão bloqueia um investimento de 50 milhões de euros previsto no orçamento.
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