Coimbra

PS de Coimbra acusa PSD de apresentar moção de censura para sobreviver politicamente

Notícias de Coimbra | 5 anos atrás em 18-12-2018

 

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O PS de Coimbra considerou hoje que a moção de censura apresentada na sexta-feira pelo PSD ao executivo do município liderado pelo socialista Manuel Machado foi uma questão de auto-censura e sobrevivência política.

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“O PSD avançou com um incrível exercício de confusão argumentativa, criação de falsos factos políticos e uma impressionante amnésia política do que foram os 12 anos em que o PSD/CDS governaram a cidade”, acusaram hoje os socialistas, em conferência de imprensa.

Na sexta-feira, a Assembleia Municipal de Coimbra chumbou, por maioria, uma moção de censura do PSD ao executivo camarário, que pretendia rejeitar a gestão “autocrática e autista” do socialista Manuel Machado.

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O documento foi chumbado por 27 votos do PS e da CDU, 20 a favor de PSD, CDS-PP, MPT, PPM e do movimento Somos Coimbra e a abstenção dos dois deputados do movimento Cidadãos por Coimbra.

A concelhia do PS, liderada por Carlos Cidade, acusa os social-democratas de “défice democrático” por terem quebrado a coligação com o CDS-PP, MPT e PPM, que concorreu às últimas eleições autárquicas.

“[O PSD] ainda se dá ao luxo de, quando convidado a contribuir para as Grandes Opções do Plano e Orçamento de 2019, não fazer nenhuma proposta concreta, avançando depois para uma manobra de diversão com esta moção de censura, que mais parece uma moção em busca da aliança perdida”, ironizou o líder local dos socialistas.

O PS mostrou-se satisfeito pelo PSD apoiar “todas as propostas e posições que os socialistas fizeram para o investimento estratégico que consideramos essencial o Governo fazer na nossa região”, dando como exemplos a reabilitação do IP3, do IC3, do IC6, da A13 e da Estação de Coimbra-B (que o governo do PSD de Passos Coelho retirou como prioridade do troco de reabilitação da linha do Norte)”.

Segundo Carlos Cidade, também a construção da nova maternidade, do Palácio da Justiça, do novo centro de saúde da Fernão de Magalhães e a reabilitação do centro de saúde de Celas e da nova escola Secundária José Falcão estão incluídas nas “50 medidas que a Concelhia de Coimbra do PS apresentou/propôs ao PS nacional para inclusão no Programa de Governo”.

“Convidamos o PSD, e todos os que estiverem interessados, a consultar esse documento, para compreenderem a visão e pensamento estratégico que temos para a cidade e região”, frisou o presidente da concelhia do PS de Coimbra.

Sobre a gestão municipal, os socialistas destacam que “há mais dinheiro e mais projetos para as Juntas de Freguesia”, com o orçamento a atribuir mais um milhão de euros, que “é um facto irrefutável”.

“O reforço para 2019 é inegável como se pode verificar, com mais 44% daquele que era o investimento do PSD/CDS quando abandonaram o executivo depois de 12 anos”, comparou Carlos Cidade.

Quanto à crítica de falta de planos estratégicos e obra feita, o presidente da concelhia do PS destaca os programas de reabilitação urbana e os investimentos públicos que “estão e vão revolucionar a vida da cidade e a sua mobilidade, como a reformulação da zona de Celas, a refuncionalização do Mercado Municipal, os novos perfis de mobilidade da Alta e Sé Velha, da Avenida Central e da reabilitação do parque Manuel Braga ou a reabilitação da margem e muros do rio entre Coimbra-A e Coimbra-B”.

“Tudo o que o PSD finge não ver, tentando iludir a população com uma moção de censura que fala destes projetos como se eles não existissem, criando uma nuvem de inverdades ao estilo “trumptiano” de ‘fake news'”, frisou.

Para o PS, “o apoio às famílias, os transportes escolares gratuitos, refeições gratuitas, os manuais gratuitos, fazem outra vez de Coimbra uma cidade amiga das famílias e são a prova, os factos, de uma cidade gerida por socialistas, mas para o PSD isso não conta, porque querem apenas estar à sombra do dizer e não fazer nada contra as desigualdades em Coimbra e no país”.

“Não podemos deixar de notar, ainda, que o PSD omite as questões relativas à boa gestão orçamental e à redução dos impostos com especial referência à redução do IMI para o mínimo permitido por lei a que se associam os apoios empresariais. Porquê não o faz? Porque, tal como em toda a moção de censura, o PSD quis dizer mal em vez de dizer bem”, rematou Carlos Cidade.

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