PS de Coimbra unânime na defesa de novo aeroporto internacional na cidade
A Federação Distrital de Coimbra do PS aprovou, por unanimidade, uma moção em defesa de um novo aeroporto internacional na cidade e recusa que o município se mantenha “em lista de espera” para receber investimentos estruturais.
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Em comunicado enviado à agência Lusa, a estrutura distrital socialista diz ter assumido um “compromisso de honra” com o presidente da autarquia de Coimbra, Manuel Machado – que em campanha eleitoral prometeu transformar o Aeródromo Municipal Bissaya Barreto no novo Aeroporto Internacional de Coimbra e da região Centro e reiterou essa intenção aquando da tomada de posse do cargo para o qual foi reeleito nas eleições de outubro.
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“Que não haja dúvidas nem hesitações em relação ao compromisso de honra que assumimos”, afirma, na nota, Pedro Coimbra, presidente da federação distrital do PS.
“A Comissão Política da Federação Distrital de Coimbra do PS, não pretende menosprezar outras propostas, nem andar a esgrimir argumentos dentro ou fora do partido. Pretende sim, afirmar a sua profunda convicção de que a região Centro, dona de um património cultural e natural ímpar, deve ser possuidora de uma infraestrutura aeroportuária que permita receber voos comerciais como dinamizadores turísticos e socioeconómicos”, adianta o comunicado.
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Sob o lema “Aeroporto? Em Coimbra, claro!”, a moção agora aprovada considera o novo aeroporto como um “imperativo de desenvolvimento da região”, defendo que este se deve localizar no “centro da região” Centro, na cidade “que foi capital de Portugal” e que possui a primeira universidade do país e uma das mais antigas da Europa, reconhecida como património mundial da UNESCO.
“Como não defender que o aeroporto, imprescindível, da região Centro seja noutro local que não Coimbra? Já chega de Coimbra se assumir como tão saudosista que tem de ficar em lista de espera para receber os investimentos estruturais que há anos reivindicamos”, argumenta Pedro Coimbra.
A federação distrital do PS avisa, no entanto, que não está disposta a lutar pelo novo aeroporto para se esquecer de outros projetos como o Metro Bus [que deverá substituir a ligação ferroviária da linha da Lousã], a recuperação da estação de Coimbra-B, na linha do Norte ou a autoestrada Coimbra-Viseu.
“Vamos lutar por todos, para exigirmos do poder central que sejam cumpridas as obrigações que existem para com Coimbra e a região, sem mais atrasos e adiamentos”, sustenta.
No comunicado, o PS de Coimbra diz ainda que, nos últimos meses, “a normal gestão da espuma dos dias pós-eleitorais, levanta um rol de tentativas de depreciação dos projetos políticos, principalmente daqueles que apresentam uma visão estratégica audaciosa e defensora da melhoria de vida dos cidadãos”.
Pedro Coimbra alega que a proposta da transformação do aeródromo municipal num novo aeroporto internacional tem sido “um desses alvos apetecíveis para pessimismos e taticismos políticos (e partidários) embrulhados em negativismos técnicos”.
“Uns dizem que não querem, outros que não dá e outros, dependendo do dia da semana, são mais ou menos defensores da recuperação da importância que Coimbra tem no panorama regional e nacional”, refere o responsável distrital do PS, sem concretizar a quem se refere.
Questionado pela Lusa sobre a posição assumida pelo autarca socialista da Figueira da Foz e presidente da comunidade intermunicipal da Região de Coimbra, João Ataíde, que defendeu a opção de um novo aeroporto na base aérea de Monte Real, Leiria, em detrimento de Coimbra, Pedro Coimbra disse respeitar essa posição.
“O presidente da Câmara da Figueira da Foz esclareceu que tomou essa posição enquanto presidente da Câmara da Figueira, há que respeitar. Mas a posição do PS de Coimbra é esta, por unanimidade”, reiterou.
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