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Política

PS afirma que discussão entre PSD e Chega parece “briga de família”

Notícias de Coimbra | 2 anos atrás em 06-07-2022

O secretário-geral adjunto do PS considerou hoje que a moção de censura do Chega ao Governo representa “baixa política” e afirmou que a discussão travada entre o partido de André Ventura e o PSD parece “uma briga de família”.

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Falando em plenário, João Torres sustentou que a moção de censura do Chega é “um ato irresponsável, é uma manobra de diversão, o bota-abaixismo, a tática mesquinha, a baixa política”.

“Esta moção de censura, na verdade, não pretende derrubar o Governo, mas sim derrotar o maior partido da oposição”, apontou, numa primeira alusão ao PSD.

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O secretário-geral adjunto do PS enquadrou depois a iniciativa do partido de André Ventura num “campeonato pela liderança da direita, que está ao rubro, entre o proponente da moção de censura e o seu partido criador, hoje com uma nova liderança saída dos piores arquivos das últimas décadas”.

“Mas que não haja ilusões: PSD e Chega poderão não encontrar-se hoje no mesmo sentido de voto, mas a discussão entre ambos parece até uma briga de família. A extrema-direita não passa, a extrema-direita não passará”, declarou, elevando o seu tom de voz.

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João Torres continuou a visar o PSD, considerando que a moção de censura do Chega foi “um teste ao maior partido da oposição, recém-saído do seu congresso”.

“Anunciam-se episódios de cosmética mas, dos mais jovens aos mais idosos, todos se lembram do que fizeram no Governo passado”, acrescentou.

Antes de João Torres, o dirigente socialista Porfírio Silva defendeu que, “se o PSD não estivesse pendente da extrema-direita”, votaria contra a moção de censura do Chega ao Governo.

“Esta moção não passa de uma pedra que um partido extremista atira contra o PSD. Se o PSD não estivesse pendente da extrema-direita, condicionado pela extrema-direita, se não passasse o tempo a olhar para o retrovisor, se o PSD verdadeiramente tivesse autonomia estratégica, votaria contra este artificio sem hesitações”, afirmou Porfírio Silva.

Porfírio Silva, membro do Secretariado Nacional do PSS, defendeu que “há de certos problemas a resolver no país” – reconhecendo que, apesar “do muito” que o seu partido já fez, não considera que “está tudo feito” – e frisou que os socialistas pretendem “continuar a ação reformista”.

“Mas seria útil saber se o PSD vai ficar pendente da direita miguelista que é, desde D. Miguel, uma direita trauliteira, violenta, antidemocrática, ou se vai olhar para o futuro. É que o PSD gosta muito de falar de reformas, mas, quando vê uma reforma a passar-lhe à frente, não a reconhece”, criticou.

Porfírio Silva abordou ainda o programas políticos do Chega de 2019 – que, segundo o deputado socialista, “apontava para a extinção do Serviço Nacional de Saúde, para a extinção da escola pública” e era “contra o Estado social em geral” -, para referir que, no programa do partido de 2021, onde essas medidas desapareceram, o partido “escondeu esse programa e passou à cosmética”.

“É nesse jogo de enganos que surge esta moção de censura que é, na verdade, um mero artifício”, acrescentou.

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