Coimbra

Produtores de milho do Baixo Mondego afetados pelo mau tempo reclamam ajudas

Notícias de Coimbra | 3 anos atrás em 22-10-2020

A Associação Distrital dos Agricultores de Coimbra (ADACO) reclamou hoje ajudas do Estado aos produtores de milho do Baixo Mondego cujas explorações foram afetadas pelo mau tempo.

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Isménio Oliveira, coordenador da associação, disse à agência Lusa que o temporal de setembro, entre os dias 18 e 20, “causou prejuízos na ordem dos 400 mil euros, numa área superior a 200 hectares de milho”.

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Uma representação da ADACO entregou hoje na Direção Regional de Agricultura e Pescas do Centro (DRAPC), em Coimbra, uma exposição à ministra da Agricultura, Maria do Céu Antunes, “com a descrição dos problemas e as respetivas reclamações”.

Isménio de Oliveira, que estava acompanhado do agricultor Isaías Simões, dirigente da organização, disse que foram recebidos pelo subdiretor regional e pelo chefe da delegação de Coimbra da DRAPC, António Ferreira e Gonçalo Raposo, respetivamente.

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“Estes responsáveis comprometeram-se a fazer eco das nossas propostas junto da senhora ministra da Agricultura, ficando agendada uma resposta para mais tarde”, acrescentou.

No documento, a ADACO refere que, “devido ao mau tempo ocorrido em setembro, há prejuízos em mais de 200 hectares de milho de grão e silagem no Baixo Mondego, envolvendo dezenas de proprietários”.

“O mau tempo, acrescido de rajadas de vento forte, originou a queda de milho”, adianta a associação, explicando que “os seguros não pagam porque, numa exploração agrícola, tem de haver um prejuízo no mínimo de 30% da área, além de os ventos terem de ter uma velocidade mínima de 70 quilómetros/hora”.

A associada da Confederação Nacional da Agricultura (CNA) entende que “o Governo tem de tomar medidas no sentido de apoiar estes agricultores”.

O Ministério da Agricultura, que paga uma parte dos seguros agrícolas, “tem de intervir junto das seguradoras” para que estas “paguem efetivamente os prejuízos” sofridos, independentemente da velocidade do vento e da área afetada, exige.

Por outro lado, ainda relativamente à atividade agrícola no Baixo Mondego, a ADACO quer “que avance imediatamente o processo de emparcelamento, rega e drenagem no bloco 17-A – campos de São Facundo-Ançã”, com uma área de 170 hectares.

Trata-se do “único bloco, entre Coimbra e Montemor-o-Velho, por emparcelar”, afirma.

Em fevereiro, recorda a ADACO, o diretor regional de Agricultura do Centro, Fernando Martins, disse que “o emparcelamento no bloco A-17 (…) só seria possível” com fundos da próxima programação financeira da União Europeia.

“Existem atualmente muitas verbas no Plano de Desenvolvimento Rural 2020”, contrapõe, sublinhando que o atual quadro comunitário de apoio “irá ser prolongado pelo menos até 2022”.

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