Presidente do PSD diz em Coimbra que o PS vendeu “alma ao diabo” para governar

Notícias de Coimbra | 7 anos atrás em 27-09-2017

O presidente do PSD acusou hoje o PS de ter vendido a “alma ao diabo” para governar, referindo-se à coligação com BE, PCP e Verdes, e de apenas estar preocupado “com a sua sobrevivência política no dia a dia”.

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Num almoço de campanha com o candidato apoiado pelo PSD à Câmara Municipal de Coimbra, Jaime Ramos, que que decorreu no restaurante Paço do Conde. Pedro Passos Coelho reiterou a acusação ao Governo de sacrificar a prestação de “serviços públicos essenciais”, na saúde, educação, inovação mas também proteção civil, segurança ou defesa.

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“Porque se sacrifica tanto nos serviços que se prestam às pessoas? Isso acontece quando os políticos só estão preocupados com a sua sobrevivência política no dia a dia”, criticou o líder do PSD.

Passos Coelho defendeu que o seu partido “tem uma abordagem totalmente diferente”, admitindo que talvez seja essa a razão pela qual o PS e o Governo têm acusado o PSD de falta de sentido de Estado.

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“Não fomos nós que vendemos a alma ao diabo para governar, não fomos nós que andámos a fazer de conta que problemas como os da segurança ou do euro eram questões menores”, afirmou.

Passos Coelho socorreu-se dos dados mais recentes da execução orçamental para defender que “o padrão” de cortes na despesa de capital está a ser o mesmo do ano passado e sublinhou que não se trata apenas de cortes em obras públicas mas em serviços essenciais.

“A saúde está a pão e água, há dinheiro para salários, mas não há para mais nada”, exemplificou.

Para Passos Coelho, se o padrão seguido este ano for o mesmo do ano passado o resultado será “uma degradação” dos serviços em todas as áreas essenciais.

“Chama-se a isto sacrificar o longo prazo e o futuro para poder criar a ilusão de que a curto prazo tudo vai bem”, criticou.

O líder do PSD apontou como outro exemplo de investimento sacrificado o das acessibilidades em vários distritos e, no caso de Coimbra, da Via dos Duques, que deveria ligar a cidade a Viseu por autoestrada.

“Ficou na prateleira, se tivesse de sair da prateleira tinha de ir a défice e o Governo não podia dizer, como diz, que é possível fazer essa espécie de milagre das rosas – já que estamos em Coimbra – de que bastou mudar o Governo e tirar de lá os malévolos para que fosse possível toda a gente viver melhor”, ironizou.

O líder parlamentar do PSD, Hugo Soares, que hoje discursou no almoço, aproveitou também a sua intervenção para atacar o PS, que acusou de criar “casos e casinhos” nesta campanha eleitoral.

“O PS tem o topete, a ousadia, de acusar o PSD de não ter sentido de Estado, ao mesmo tempo que nos acusa de fabricar relatórios e plantar notícias nos jornais. O PS confunde os nossos hábitos com os do PS, nós não fabricamos nem plantamos relatórios”, afirmou, defendendo que os socialistas “devem ao país” uma explicação sobre o que aconteceu com o furto do material militar em Tancos.

 

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