Coimbra

Presidente do CHUC nega esvaziamento do polo dos Covões

Notícias de Coimbra | 4 anos atrás em 26-05-2020

O presidente do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC), Fernando Regateiro, realçou hoje a importância do Hospital dos Covões para acolher “funções assistenciais relevantes” e negou o seu alegado esvaziamento.

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“Não há qualquer intenção do conselho de administração deixar de o utilizar para nele localizar funções assistenciais relevantes, à luz da resposta global que o CHUC tem o dever de organizar para a procura atualmente registada e que preveja para o futuro”, afirma Fernando Regateiro numa nota enviada à agência Lusa.

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No documento, o presidente do CHUC reage a um comunicado, no qual o PS de Coimbra apela ao Governo para tomar posição pública sobre o futuro do Hospital Geral fundado por Bissaya Barreto, mais conhecido por Hospital dos Covões, e evitar um “desmantelamento silencioso” pelo qual responsabiliza a equipa de Fernando Regateiro.

Também o BE de Coimbra alertou hoje para a inexistência de um “plano de reconfiguração” do CHUC e criticou as “medidas casuísticas” para o complexo hospitalar dos Covões, alegando que, “dentro de uma orientação inconfessada”, elas visam transformar a unidade “em qualquer coisa que (…) ninguém conhece”.

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“O que determina a relevância de uma resposta assistencial é a necessidade sentida pelo doente concreto que dela carece e que vê o seu problema bem resolvido e não por se incluir numa determinada área de especialidade ou patamar de diferenciação”, refere Regateiro.

Por isso, defende, “a tipologia de funções assistenciais e respostas a sediar nos espaços confiados ao CHUC pelo Estado, para assegurar a sua atividade, serão as que melhor se adequarem, em cada momento, às necessidades dos doentes e ao melhor potencial de eficácia e de eficiência que a localização e estrutura física dos espaços em causa possam suportar”.

“Foi este o posicionamento assumido sem reservas (…) com a localização de grande parte da resposta do CHUC à pandemia de SRAS-CoV-2 no Hospital Geral”, esclarece.

Para o mesmo responsável, “não é correta a informação que subjaz ao comunicado” do PS de Coimbra, liderado por Carlos Cidade, vice-presidente da Câmara Municipal, e “também não são corretas as ilações expandidas”.

O catedrático de Medicina afirma que o órgão a que preside “teria tido muito gosto em prestar toda a informação que lhe tivesse sido solicitada, para uma avaliação rigorosa das situações equacionadas”, relativamente ao polo dos Covões, “encerrado em março para toda a atividade não covid e dedicado exclusivamente a patologia covid-19 ou doentes suspeitos”.

“Na semana passada, já se realizaram consultas presenciais no Hospital Geral e foi analisada a definição de um corredor seguro para permitir o acesso de doentes do ambulatório para realização de exames invasivos e não invasivos na cardiologia”, também nos Covões, exemplifica, ao descrever as várias alterações introduzidas nos diferentes serviços do CHUC ao abrigo do plano de contingência.

Nos Covões, “manteve-se atividade não covid nos edifícios periféricos”, informa.

“Com a retoma da atividade assistencial, o conselho de administração do CHUC já decidiu iniciar alguma atividade não covid no edifício central do Hospital dos Covões, com a abertura, a 18 de maio, da unidade de cirurgia de ambulatório para doentes que não necessitem de pernoita”, acrescenta.

Entretanto, “também já está planeada a reabertura de outras atividades no edifício central do Hospital Geral, respeitando circuitos de circulação separados” e, acautelando as condições de segurança, “serão reativadas outras funcionalidades não covid” nos Covões.

“Uma parte deste hospital irá continuar reservada para atividade de referência da covid, enquanto houver pandemia e na dimensão e tipologia de resposta que for sendo identificada como necessária”, esclarece ainda Fernando Regateiro, frisando que se trata da “regra geral seguida no CHUC, para a generalidade dos espaços físicos que lhe estão confiados, e não algo de específico para o Hospital Geral”.

Sobre a futura maternidade de Coimbra, “o processo, devidamente suportado e informado tecnicamente por entidades externas ao CHUC, foi encaminhado para a tutela para decisão”.

“O atual conselho de administração do CHUC cumpriu as tarefas que, neste âmbito, lhe foram confiadas”, acentua a nota.

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