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Presidente do Brasil não quer ser vacinado. Ministro diz temer pela vida de Jair Bolsonaro!

Notícias de Coimbra | 3 anos atrás em 28-04-2021

O ministro da Casa Civil brasileira disse temer pela vida do Presidente do país e acrescentou que está a tentar convencer Jair Bolsonaro a receber a vacina contra a covid-19.

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A declaração do ministro e general Luiz Eduardo Ramos foi divulgada na terça-feira pela rádio CBN e foi prestada durante uma reunião do Conselho de Saúde Suplementar, no Palácio do Planalto, em Brasília.

“Estou envolvido pessoalmente, tentando convencer o nosso Presidente [a receber a vacina], independente de todos os posicionamentos. Nós não podemos perder o Presidente para um vírus desse. A vida dele, no momento, corre risco, ele tem 65 anos [tem 66]”, desabafou Ramos, que não sabia que a reunião estava a ser transmitida em direto nas redes sociais.

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Bolsonaro, um dos chefes de Estado mais céticos em relação à gravidade da pandemia em todo o mundo, já mudou de posição sobre a vacinação várias vezes.

O chefe de Estado já criticou a vacinação contra a doença, já disse que não queria receber a vacina e já admitiu a possibilidade de ser vacinado, na condição de ser o “último brasileiro” a tomar a vacina.

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Naquela reunião, o general Ramos, que estava acompanhado pelos ministros da Saúde, Marcelo Queiroga, e da Economia, Paulo Guedes, confidenciou ter sido vacinado contra a covid-19, em Brasília.

“Tomei escondido, porque a orientação era para não criar caso, mas vazou. Eu não tenho vergonha, não. Tomei e vou ser sincero: como qualquer ser humano, eu quero viver. E se a ciência está dizendo que é a vacina, como é que eu me posso contrapor”, questionou Ramos.

Em comunicado enviado ao jornal Folha de S. Paulo, o Ministério da Casa Civil explicou que o ministro foi vacinado em 18 de abril com a primeira dose da vacina da AstraZeneca “como cidadão comum, no seu carro e enfrentando fila como qualquer brasileiro”.

“Ao dizer, de maneira informal, que teria tomado a vacina ‘escondido’, o ministro referia-se ao facto de ali estar um dos mais de 38 milhões de brasileiros que já se vacinaram e não um ministro de Estado”, acrescentou a nota.

“O ministro, portanto, não tomou a vacina de forma escondida e nunca foi orientado a não relatar tal facto. Apenas não quis fazer desse momento um ato político”, concluiu.

A mesma reunião foi marcada por uma polémica declaração do ministro da Economia que, sem saber que estava a ser gravado, afirmou: “o chinês inventou o vírus e a vacina dele é menos efetiva que a do americano. O americano tem 100 anos de investimento em pesquisa (…) Está aqui a vacina da Pfizer. É melhor que as outras”.

Ao ser informado que a reunião estava a ser gravada e transmitida em direto nas redes sociais, Paulo Guedes pediu para que o encontro não fosse publicado, indicou a imprensa local.

O Brasil enfrenta atualmente a pior fase da pandemia, com 395.022 óbitos e 14.441.563 infeções.

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