Coimbra

Presidente diz que impacto de obras na Estrada de Eiras é “situação insustentável”

Notícias de Coimbra | 2 anos atrás em 21-02-2022

O presidente da Câmara Municipal de Coimbra (CMC) admitiu hoje, na reunião do executivo, que a situação das obras na Estrada de Eiras é “insustentável”, mas ilibou a autarquia de responsabilidades dizendo que a empreitada é das Águas de Coimbra.

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“Estamos a procurar soluções para acelerar as obras”, afirmou José Manuel Silva, alegando “dificuldades de meios humanos e materiais”. “É uma situação insustentável, mas a Câmara não tem qualquer capacidade no imediato”, sustentou, sublinhando que a empresa Águas de Coimbra é que “é a dona da obra”

“Lamentamos o impacto negativo causado às pessoas que ali vivem e que ali passam”, referiu ainda o autarca. Também a vereadora Ana Bastos lembrou que a intervenção dura há quase dois anos.

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A CMC aprovou, na reunião de hoje, uma proposta de abertura de um concurso público para requalificação da estrada de Eiras. O preço base é de 1.600.250 euros, sendo o prazo base de execução de 540 dias, com o mínimo de 390 dias, num investimento que visa dotar esta via de um perfil mais urbano. O projeto prevê a criação de uma ciclovia, a plantação de árvores em toda a extensão da estrada e a introdução de medidas que visam reduzir as velocidades de circulação, tornando também esta rua mais segura, sustentável e amiga do ambiente.

Este projeto, que foi aprovado em dezembro do ano passado, no seguimento de um anteprojeto validado em março de 2021, visa dotar esta via de um perfil mais urbano, com a criação de ciclovia, a plantação de árvores em toda a extensão da estrada e a introdução de medidas que visam reduzir as velocidades de circulação, tornando também esta rua mais segura, sustentável e amiga do ambiente.

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A ciclovia de dois sentidos será criada do lado nascente da estrada de Eiras, terá uma largura de 2,20m constante ao longo da totalidade do troço, será definida ao nível do passeio e a sua ligação com a restante rede de ciclovias fica condicionada ao desenho da integração urbana do Metrobus, devendo ser concretizada aquando da sua implementação. A ciclovia será complementada com a plantação de uma alameda de árvores em toda a sua extensão.

Entre a rotunda da estação e a rua Seabra de Albuquerque não haverá lugar a estacionamento ao longo da via, mantendo-se nos locais onde existe estacionamento dentro dos lotes. Entre a rua Seabra de Albuquerque e a rotunda do Bairro de S. Miguel está definida uma zona de estacionamento do lado poente da via, servindo as habitações e serviços existentes. “Desta rotunda até ao parque industrial de Eiras (rua Adriano Lucas) mantêm-se os estacionamentos existentes, embora ligeiramente reconfigurados, beneficiando aqui de larguras de faixas (pedonais, arbóreas, cicláveis e viárias) ligeiramente mais amplas que nos troços anteriores”, pode ler-se na memória descritiva do projeto.

Os passeios serão maioritariamente pavimentados em pavê retangular cinza, assegurando assim um maior conforto à circulação pedonal. A exceção é no passeio existente junto à rotunda do Bairro de S. Miguel, onde é mantida a calçadinha existente, e nos locais de remate com passeios existentes em calçadinha. Nos locais onde existe atravessamento de veículos, a base de assentamento do pavê será reforçada. Nas passadeiras será aplicado pavimento podotátil, assente em base rígida.

Recorde-se que a Águas de Coimbra, E.M. tem vindo a intervir na estrada de Eiras com uma empreitada de execução de coletor pluvial e remodelação das redes de distribuição de águas e de drenagem de águas residuais. Assim, este projeto foi parcialmente adotado pela empresa municipal, a qual executará até ao término da sua empreitada os lancis, estacionamentos, paragens de autocarro e pavimentação da via nos troços em que intervieram, razão pela qual competirá à entidade executante garantir que os trabalhos constantes do caderno de encargos não danificam os entretanto já executados. 

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