Saúde

Presidente da República lamenta morte do “génio” Agustina Bessa-Luís

Notícias de Coimbra | 5 anos atrás em 03-06-2019
 

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, lamentou hoje a morte da escritora Agustina Bessa-Luís, reconhecendo o seu génio, a sua criação e expressando as mais sentidas condolências aos seus familiares.

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Numa nota publicada do sítio da Presidência da República, na Internet, Marcelo Rebelo de Sousa salientou que “há personalidades que nenhumas palavras podem descrever no que foram e no que significaram para todos nós”, referindo-se à escritora, que morreu hoje, aos 96 anos.

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Para o Presidente da República, Agustina Bessa-Luís evidenciou-se “como criadora, como cidadã, como retrato da força telúrica de um povo e da profunda ligação” entre as raízes dos portugueses e “os tempos presentes e vindouros”.

Na nota, Marcelo Rebelo de Sousa “curva-se perante o seu génio”.

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A escritora Agustina Bessa-Luís morreu hoje, aos 96 anos, disse à Lusa fonte da família.

Nasceu em 15 de outubro de 1922, em Vila Meã, Amarante, e encontrava-se afastada da vida pública, por razões de saúde, há cerca de duas décadas.

O nome de Agustina Bessa-Luís destacou-se em 1954, com a publicação do romance “A Sibila”, que lhe valeu os prémios Delfim Guimarães e Eça de Queiroz, que constam de uma lista de galardões que inclui igualmente o Grande Prémio de Romance e Novela, da Associação Portuguesa de Escritores, em 1983, pela obra “Os Meninos de Ouro”, e que voltou a receber em 2001, com “O Princípio da Incerteza I – Joia de Família”.

A escritora foi distinguida pela totalidade da sua obra com o Prémio Adelaide Ristori, do Centro Cultural Italiano de Roma, em 1975, e com o Prémio Eduardo Lourenço, em 2015.

Sobre Agustina, o ensaísta Eduardo Lourenço disse que é “incomparável”, é a “grande senhora das letras portuguesas”, em declarações à Lusa, no final da cerimónia da entrega do Prémio Eduardo Lourenço à autora, há pouco mais de três anos.

Agustina recebeu ainda os Prémios Camões e Vergílio Ferreira, ambos em 2004.

Foi condecorada como Grande Oficial da Ordem de Sant’Iago da Espada, de Portugal, em 1981, elevada a Grã-Cruz em 2006, e o grau de Cavaleiro da Ordem das Artes e das Letras, de França, em 1989, tendo recebido a Medalha de Honra da Cidade do Porto, em 1988.

Questionada sobre o que escrevia, a autora disse, num encontro na Póvoa de Varzim: “É uma confissão espontânea que coloco no papel”.

Sobre a morte da escritora será emitido hoje um comunicado, pelas 15:00, através do Círculo Literário Agustina Bessa-Luís, adiantou a família à Lusa.

O funeral realiza-se na terça-feira, segundo a mesma fonte.

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