Coimbra

Presidente da Cáritas Internacional diz em Coimbra que o amor ao outro vincula os cristãos

Notícias de Coimbra | 5 anos atrás em 14-05-2019

O bom humor dominou a homilia que o arcebispo de Manila, Luís António Tagle, proferiu hoje em Coimbra numa missa dedicada ao apóstolo Matias que aproveitou para falar do amor a que os cristãos estão vinculados.

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“Estou aqui para conviver com vocês, na comunhão da solidariedade da Igreja através da Cáritas Internacional”, começou por afirmar o também presidente desta confederação de 162 organizações humanitárias católicas que intervêm em mais de 200 países.

Esse sentimento “não é o amor do cardeal” – ele próprio – nem dos políticos em geral, esclareceu, a sorrir e excluindo com o mesmo objetivo o bispo de Coimbra, Virgílio Antunes, o presidente da Cáritas de Coimbra, padre Luís Costa, e o diácono Albano Rosário, que acompanhavam Luís António Tagle na celebração.

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“Todos os homens querem sentir e experimentar o verdadeiro amor, que só Jesus Cristo nos pode dar”, referiu, durante uma eucaristia que reuniu cerca de 200 pessoas na capela da Cáritas Diocesana de Coimbra, no Areeiro.

Tal dádiva divina, “testemunho forte do amor de Deus”, é outorgada aos seguidores de Cristo “como amigos, não como escravos”, disse, no dia que o calendário litúrgico dedica a São Matias.

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Neste contexto, o arcebispo de Manila, capital das Filipinas, expressando-se em português e espanhol, partilhou um episódio que viveu durante uma recente visita a um campo, no Líbano, que acolhe refugiados maioritariamente muçulmanos.

Um “ancião com turbante” – que não era “a mitra de um bispo”, gracejou – quis saber por que razão “os cristãos são bons” para povos de outras religiões, desde logo para os seguidores de Maomé.

O presidente da Cáritas Internacional explicou ao seu interlocutor que, tal como o apóstolo Matias, substituto de Judas Iscariotes, deu “testemunho forte aos mundo sobre Jesus”, cabe aos cristãos, dois mil anos depois, prosseguirem o seu exemplo no amor aos outros, sobretudo aos que são vítimas de exclusões diversas.

“Estou muito contente por estar aqui”, afirmou, com boa disposição, questionando se a sua comunicação com limitações linguísticas “foi suficiente” para aqueles que o escutavam.

Aplaudido pelos crentes, entre os quais elevado número de idosos, o arcebispo de Manila assumiu-se como “uma testemunha do amor de Jesus encarnado na igreja em Portugal”, na sequência da sua visita ao país, a convite do Santuário de Fátima, concelho de Ourém, onde presidiu às celebrações da peregrinação internacional, no domingo e na segunda-feira.

Depois de almoçar nas instalações da Cáritas de Coimbra, o cardeal Luís António Tagle visita a instituição congénere de Santarém, no âmbito de um programa que inclui um encontro com o bispo da diocese, José Traquina.

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